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Catecismo - Consulta Índice Analítico






Artigo 7 - O Sacramento do Matrimónio

IV. Os efeitos do sacramento do Matrimónio

A GRAÇA DO SACRAMENTO DO MATRIMÓNIO

1642. Cristo é a fonte desta graça. «Assim como outrora Deus veio ao encontro do seu povo com unia aliança de amor e fidelidade, assim agora o Salvador dos homens e Esposo da Igreja vem ao encontro dos esposos cristãos com o sacramento do Matrimónio» (). Fica com eles, dá-lhes a coragem de O seguirem tomando sobre si a sua cruz, de se levantarem depois das quedas, de se perdoarem mutuamente, de levarem o fardo um do outro (), de serem «submissos um ao outro no temor de Cristo» (Ef 5, 21) e de se amarem com um amor sobrenatural, delicado e fecundo. Nas alegrias do seu amor e da sua vida familiar, Ele dá-lhes, já neste mundo, um antegosto do festim das núpcias do Cordeiro:

«Onde irei buscar forças para descrever, de modo satisfatório, a felicidade do Matrimónio que a Igreja une, que a oblação eucarística confirma e a bênção sela? Os anjos proclamam-no, o Pai celeste ratifica-o [...] Que jugo o de dois cristãos, unidos por uma só esperança, um único desejo, uma única disciplina, um mesmo serviço! Ambos filhos do mesmo Pai, servos do mesmo Senhor; nada os separa, nem no espírito nem na carne; pelo contrário, eles são verdadeiramente dois numa só carne. Ora, onde a carne á só uma, também um só é o espírito» ().




Artigo 2 - As Exéquias Cristãs

I. A última Páscoa do cristão

1682. O dia da morte inaugura para o cristão, no termo da sua vida sacramental, a consumação do seu novo nascimento começado no Baptismo, o definitivo «assemelhar-se à imagem do Filho», conferido pela unção do Espírito Santo e pela participação no banquete do Reino, antecipada na Eucaristia, ainda que algumas derradeiras purificações lhe sejam ainda necessárias, para poder vestir o traje nupcial.






Artigo 2 - Na Plenitude do Tempo

A ORAÇÃO DA VIRGEM MARIA

2618. O Evangelho revela-nos como é que Maria ora e intercede na fé: em Caná (), a Mãe de Jesus roga a seu Filho pelas necessidades dum banquete de bodas, sinal dum outro banquete, o das bodas do Cordeiro que dá o seu corpo e o seu sangue a pedido da Igreja, sua esposa . E é na hora da Nova Aliança, ao pé da cruz (), que Maria é atendida como a Mulher, a nova Eva, a verdadeira «mãe dos vivos».




Artigo 1 - «O Resumo de Todo o Evangelho»

III. A oração da Igreja

2770. Na liturgia eucarística, a oração do Senhor aparece como a oração de toda a Igreja. Ali se revela o seu sentido pleno e a sua eficácia. Situada entre a anáfora (oração eucarística) e a liturgia da comunhão, recapitula, por um lado, todas as petições e intercessões expressas no movimento da epiclese; e por outro, bate à porta do festim do Reino que a Comunhão sacramental vai antecipar.



Artigo 3 - As Sete Petições

IV. «O pão nosso de cada dia nos dai hoje»

2837. «De cada dia». Esta palavra «epioúsios» não é usada em mais lado nenhum no Novo Testamento. Tomada num sentido temporal, é uma repetição pedagógica do «hoje» () para nos confirmar numa confiança «sem reservas». Tomada no sentido qualitativo, significa o necessário para a vida e, de um modo mais abrangente, todo o bem suficiente para a subsistência (). Tomada à letra (epioúsios, «sobre-substancial»), designa directamente o Pão da Vida, o corpo de Cristo, «remédio de imortalidade» (), sem o qual não temos a vida em nós (). Enfim, ligado ao antecedente, é evidente o sentido celestial: «este dia» é o do Senhor, o do banquete do Reino, antecipado na Eucaristia que é já o antegozo do Reino que vem. É por isso conveniente que a liturgia Eucarística seja celebrada em «cada dia».

«A Eucaristia é o nosso pão de cada dia [...]. A virtude própria deste alimento é a de realizar a unidade a fim de que, reunidos no corpo de Cristo, tornados seus membros, sejamos o que recebemos. [...] E também são pão de cada dia as leituras que em cada dia ouvis na igreja; e os hinos que escutais e cantais, são pão de cada dia. Estes são os mantimentos necessários para a nossa peregrinação» ().

O Pai celeste exorta-nos a pedir, como filhos do céu, o Pão celeste (). Cristo «é Ele mesmo o Pão que, semeado na Virgem, levedado na carne, amassado na paixão, cozido no forno do sepulcro, guardado em reserva na Igreja, levado aos altares, fornece cada dia aos fiéis um alimento celeste» ().



VII. «Mas livrai-nos do Mal»

Resumindo:

A Doxologia Final

2861. Na quarta petição, ao dizer «dai-nos», exprimimos, em comunhão com os nossos irmãos, a nossa confiança filial no nosso Pai dos céus. «O pão nosso» designa o alimento terrestre necessário à subsistência de nós todos, mas também significa o Pão da Vida: a Palavra de Deus e o Corpo de Cristo. Ele é recebido no «Hoje» de Deus, como alimento indispensável e (sobre) substancial do banquete do Reino, antecipado na Eucaristia.