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Catecismo - Consulta Índice Analítico






Artigo 2 - O Sacramento da Confirmação

I. A Confirmação na economia da salvação

1289. Bem cedo, para melhor significar o dom do Espírito Santo, se acrescentou à imposição das mãos uma unção com óleo perfumado (crisma). Esta unção ilustra o nome de «cristão», que significa «ungido»,e que vai buscar a sua origem ao próprio nome de Cristo, aquele que «Deus ungiu com o Espírito Santo» (Act 10, 38). E este rito da unção mantém-se até aos nossos dias, tanto no Oriente como no Ocidente. É por isso que, no Oriente, este sacramento se chama crismação (= unção do crisma), ou myron, que significa «crisma». No Ocidente, o nome de Confirmação sugere que este sacramento confirma o Baptismo e, ao mesmo tempo, consolida a graça baptismal.



II. Os sinais e o rito da Confirmação

A CELEBRAÇÃO DA CONFIRMAÇÃO

1297. Um momento importante que precede a celebração da Confirmação, mas que, de certo modo, faz parte dela, é a consagração do santo crisma. É o bispo que, em Quinta-Feira Santa, no decorrer da missa crismal, consagra o santo crisma para toda a sua diocese. Nas Igrejas do Oriente, esta consagração é mesmo reservada ao Patriarca:

A liturgia de Antioquia exprime assim a epiclese da consagração do santo crisma (myron, em grego): «[Pai (...), envia o Teu Espírito Santo] sobre nós e sobre este óleo que está diante de nós e consagra-o, para que seja para todos os que com ele forem ungidos e marcados, myron santo, myron sacerdotal, myron real, unção de alegria, a veste da luz, o manto da salvação, o dom espiritual, a santificação das almas e dos corpos, a felicidade imperecível, o selo indelével, o escudo da fé, o capacete invencível contra todas as obras do Adversário» ().



1300. Segue-se o rito essencial do sacramento. No rito latino, «o sacramento da Confirmação é conferido pela unção do santo crisma sobre a fronte, feita com a imposição da mão, e por estas palavras: «Accipe signaculum doni Spiritus Sancti - Recebe por este sinal o Espírito Santo, o Dom de Deus» (). Nas Igrejas orientais de rito bizantino, a unção do myron faz-se depois duma oração de epiclese, sobre as partes mais significativas do corpo: a fronte, os olhos, o nariz, os ouvidos, os lábios, o peito, as costas, as mãos e os pés, sendo cada unção acompanhada da fórmula: «Σφραγίζ δωραζ Πυεύματζ Άγίoυ» («Signaculum doni Spiritus Sancti - Selo do dom que é o Espírito Santo» ) ().



V. O ministro da Confirmação

1312. O ministro originário da Confirmação é o bispo ().

No Oriente, é ordinariamente o sacerdote que baptiza quem imediatamente confere a Confirmação, numa só e mesma celebração. Fá-lo, no entanto, com o santo crisma consagrado pelo patriarca ou pelo bispo, o que exprime a unidade apostólica da Igreja, cujos laços são reforçados pelo sacramento da Confirmação. Na Igreja latina aplica-se a mesma disciplina nos baptismos de adultos ou quando é admitido à plena comunhão com a Igreja um baptizado de outra comunidade cristã, que não tenha recebido validamente o sacramento da Confirmação ().



Resumindo:

1320. O rito essencial da Confirmação é a unção com o santo crisma na fronte do baptizado (no Oriente também em outros órgãos dos sentidos), com a imposição da mão do ministro e as palavras: «Accipe signaculum doni Spiritus Sancti - Recebe por este sinal o Espírito Santo, o Dom de Deus» (no rito Romano) ou: «Signaculum doni Spiritus Sancti - Selo do dom que é o Espírito Santo» (no rito Bizantino).