Consulta Índice Analítico






Catecismo - Consulta Índice Analítico






Artigo 3 - «Jesus Cristo Foi Concebido Pelo Poder do Espírito Santo e Nasceu da Virgem Maria»

Parágrafo 3 - Os Mistérios da Vida de Cristo

III. Os mistérios da vida pública de Jesus

O BAPTISMO DE JESUS

536. Da parte de Jesus, o seu baptismo é a aceitação e a inauguração da sua missão de Servo sofredor. Deixa-se contar entre o número dos pecadores (). É já «o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo» (Jo 1, 29), e antecipa já o «baptismo» da sua morte sangrenta (). Vem, desde já, para «cumprir toda a justiça» (Mt 3,15). Quer dizer que Se submete inteiramente à vontade do Pai e aceita por amor o baptismo da morte para a remissão dos nossos pecados (). A esta aceitação responde a voz do Pai, que põe toda a sua complacência no Filho (). O Espírito que Jesus possui em plenitude, desde a sua conceição, vem «repousar» sobre Ele (Jo 1, 32-33) () e Jesus será a fonte do mesmo Espírito para toda a humanidade. No baptismo de Cristo, «abriram-se os céus» (Mt 3, 16) que o pecado de Adão tinha fechado, e as águas são santificadas pela descida de Jesus e do Espírito, prelúdio da nova criação.



A TENTAÇÃO DE JESUS

539. Os evangelistas indicam o sentido salvífico deste acontecimento misterioso, Jesus é o Novo Adão, que Se mantém fiel naquilo em que o primeiro sucumbiu à tentação. Jesus cumpre perfeitamente a vocação de Israel: contrariamente aos que outrora, durante quarenta anos, provocaram a Deus no deserto (), Cristo revela-Se o Servo de Deus totalmente obediente à vontade divina. Nisto, Jesus vence o Diabo: «amarrou o homem forte», para lhe tirar os despojos (). A vitória de Jesus sobre o tentador, no deserto, antecipa a vitória da paixão, suprema obediência do seu amor filial ao Pai.



Artigo 4 - «Jesus Cristo Padeceu Sob Pôncio Pilatos Foi Crucificado, Morto e Sepultado»

Parágrafo 2 - Jesus Morreu Crucificado

III. Cristo ofereceu-Se a Si mesmo ao Pai pelos nossos pecados

TODA A VIDA DE CRISTO É OBLAÇÃO AO PAI

606. O Filho de Deus, «descido do céu, não para fazer a sua vontade mas a do seu Pai, que O enviou» (), «diz, ao entrar no mundo: [...] Eis-me aqui, [...] ó Deus, para fazer a tua vontade. [...] E em virtude dessa mesma vontade, é que nós fomos santificados, pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, feita de uma vez para sempre» (Heb 10, 5-10). Desde o primeiro instante da sua Encarnação, o Filho faz seu o plano divino de salvação, no desempenho da sua missão redentora: «O meu alimento é fazer a vontade d'Aquele que Me enviou e realizar a sua obra» (Jo 4, 34). O sacrifício de Jesus «pelos pecados do mundo inteiro» (1 Jo 2, 2) é a expressão da sua comunhão amorosa com o Pai: «O Pai ama-Me, porque Eu dou a minha vida» (Jo 10, 17). «O mundo tem de saber que amo o Pai e procedo como o Pai Me ordenou» (Jo 14, 31).






Artigo 2 - Na Plenitude do Tempo

JESUS ORA

2600. O Evangelho segundo São Lucas sublinha a acção do Espírito Santo e o sentido da oração no ministério de Cristo. Jesus ora antes dos momentos decisivos da sua missão: antes de o Pai dar testemunho d'Ele aquando do seu baptismo () e da sua transfiguração () e antes de cumprir, pela paixão, o desígnio de amor do Pai (). Reza também antes dos momentos decisivos que vão decidir a missão dos seus Apóstolos: antes de escolher e chamar os Doze (), antes de Pedro O confessar como o «Cristo de Deus» () e para que a fé do chefe dos Apóstolos não desfaleça na tentação (). A oração de Jesus antes dos acontecimentos da salvação de que o Pai O encarrega, é uma entrega humilde e confiante da sua vontade à vontade amorosa do Pai.




Artigo 3 - As Sete Petições

III. «Seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu»

2824. Foi em Cristo e pela sua vontade humana que a vontade do Pai se cumpriu perfeitamente e duma vez para sempre. Ao entrar neste mundo, Jesus disse: «Eu venho, [...] ó Deus, para fazer a tua vontade» (Heb 10, 7) (). Só Jesus pode dizer: «Faço sempre o que é do seu agrado» (Jo 8, 29). Na oração da sua agonia, Ele conforma-Se totalmente com esta vontade: «Não se faça a minha vontade, mas a tua» (Lc 22, 42) (). Eis por que Jesus «Se entregou pelos nossos pecados [...] consoante a vontade de Deus» (Gl 1, 4). «Em virtude dessa mesma vontade é que nós fomos santificados, pela oferenda do corpo de Jesus Cristo » (Heb 10, 10).