Consulta Índice Analítico






Catecismo - Consulta Índice Analítico






Artigo 3 - «Jesus Cristo Foi Concebido Pelo Poder do Espírito Santo e Nasceu da Virgem Maria»

Parágrafo 3 - Os Mistérios da Vida de Cristo

III. Os mistérios da vida pública de Jesus

«O REINO DE DEUS ESTÁ PRÓXIMO»

541. «Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia. Aí proclamava a Boa-Nova da vinda de Deus, nestes termos: "Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo: convertei-vos e acreditai na Boa-Nova!"» (Mc 1, 14-15). «Por isso, Cristo, a fim de cumprir a vontade do Pai, deu começo na terra ao Reino dos céus» (). Ora a vontade do Pai é «elevar os homens à participação da vida divina» (). E fá-lo reunindo os homens em torno do seu Filho, Jesus Cristo. Esta reunião é a Igreja, a qual é na terra «o germe e o princípio» do Reino de Deus» ().



542. Cristo está no centro desta reunião dos homens na «família de Deus». Reúne-os à sua volta pela sua palavra, pelos seus sinais que manifestam o Reino de Deus, pelo envio dos discípulos. E realizará a vinda do seu Reino sobretudo pelo grande mistério da sua Páscoa: a sua morte de cruz e a sua ressurreição. «E Eu, uma vez elevado da Terra, atrairei todos a Mim» (Jo 12, 32). Todos os homens são chamados a esta união com Cristo ().



O ANÚNCIO DO REINO DE DEUS

543. Todos os homens são chamados a entrar no Reino. Anunciado primeiro aos filhos de Israel (), este Reino messiânico é destinado a acolher os homens de todas as nações (). Para ter acesso a ele, é preciso acolher a Palavra de Jesus:

«A Palavra do Senhor compara-se à semente lançada ao campo: aqueles que a ouvem com fé e entram a fazer parte do pequeno rebanho de Cristo, já receberam o Reino; depois, por força própria, a semente germina e cresce até ao tempo da messe» ().



544. O Reino é dos pobres e pequenos, quer dizer, dos que o acolheram com um coração humilde. Jesus foi enviado para «trazer a Boa-Nova aos pobres» (Lc 4, 18) (). Declara-os bem-aventurados, porque «é deles o Reino dos céus» (Mt 5, 3). Foi aos «pequenos» que o Pai se dignou revelar o que continua oculto aos sábios e inteligentes (). Jesus partilha a vida dos pobres, desde o presépio até à cruz: sabe o que é sofrer a fome (), a sede () e a indigência (). Mais ainda: identifica-se com os pobres de toda a espécie, e faz do amor activo para com eles a condição da entrada no seu Reino ().



545. Jesus convida os pecadores para a mesa do Reino: «Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores» (Mc 2, 17) (). Convida-os à conversão sem a qual não se pode entrar no Reino, mas por palavras e actos, mostra-lhes a misericórdia sem limites do Seu Pai para com eles e a imensa «alegria que haverá no céu, por um só pecador que se arrependa» (Lc 15, 7). A prova suprema deste amor será o sacrifício da sua própria vida, «pela remissão dos pecados» (Mt 26, 28).



546. Jesus chama para entrar no Reino, por meio de parábolas, traço característico do seu ensino (). Por meio delas, convida para o banquete do Reino (), mas exige também uma opção radical: para adquirir o Reino é preciso dar tudo ().As palavras não bastam, exigem-se actos (). As parábolas são, para o homem, uma espécie de espelho: como é que ele recebe a Palavra? Como chão duro, ou como terra boa? () Que faz ele dos talentos recebidos? () Jesus e a presença do Reino neste mundo estão secretamente no coração das parábolas. É preciso entrar no Reino, quer dizer, tornar-se discípulo de Cristo, para «conhecer os mistérios do Reino dos céus» (Mt 13, 11). Para os que ficam «fora» (Mc 4, 11), tudo permanece enigmático ().





Artigo 3 - As Sete Petições

III. «Seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu»

2826. É pela oração que podemos discernir qual é a vontade de Deus () e obter perseverança para a cumprir (). Jesus ensina-nos que se entra no Reino dos céus, não por palavras, mas «fazendo a vontade do meu Pai que está nos céus» (Mt 7, 21).