Consulta Índice Analítico






Catecismo - Consulta Índice Analítico






Artigo 3 - A Sagrada Escritura

IV. O Cânon das Escrituras

O NOVO TESTAMENTO

124. «A Palavra de Deus, que é força de Deus para salvação de quem acredita, apresenta-se e manifesta o seu poder dum modo eminente nos escritos do Novo Testamento»(). Estes escritos transmitem-nos a verdade definitiva da Revelação divina. O seu objecto central é Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado, os seus actos, os seus ensinamentos, a sua Paixão e glorificação, bem como os primórdios da sua Igreja sob a acção do Espírito Santo ().





Artigo 1 - «Creio em Deus Pai Todo-Poderoso Criador do Céu e da Terra»

Parágrafo 2 - O Pai

II. A revelação de Deus como Trindade

O PAI REVELADO PELO FILHO

241. É por isso que os Apóstolos confessam que Jesus é «o Verbo [que] estava [no princípio] junto de Deus» e que é Deus (Jo 1, 1), «a imagem do Deus invisível» (Cl 1, 15), «o resplendor da sua glória e a imagem da sua substância» (Heb 1, 3).



IV. As obras divinas e as missões trinitárias

O DOGMA DA SANTÍSSIMA TRINDADE

257. «O lux beata Trinitas et principalis Unitas! - Ó Trindade. Luz ditosa, ó primordial Unidade!» (). Deus é eterna bem-aventurança, vida imortal, luz sem ocaso. Deus é amor: Pai, Filho e Espírito Santo. Livremente. Deus quer comunicar a glória da sua vida bem-aventurada. Tal é o «mistério da sua vontade» (Ef 1, 9) que Ele concebeu antes da criação do mundo em seu Filho muito-amado, uma vez que nos «destinou de antemão a que nos tornássemos seus filhos adoptivos por Jesus Cristo» (Ef 1, 5), quer dizer, a sermos «conformes à imagem do seu Filho» (Rm 8, 29), graças ao «Espírito que faz de vós filhos adoptivos» (Rm 8, 15). Este desígnio é uma «graça que nos foi dada [...] desde toda a eternidade»(2 Tm 1, 9), a qual procede imediatamente do amor trinitário. E este amor manifesta-se na obra da criação, em toda a história da salvação depois da queda, e nas missões do Filho e do Espírito, continuadas pela missão da Igreja ().



Parágrafo 4 - O Criador

III. «O mundo foi criado para glória de Deus»

293. É uma verdade fundamental, que a Escritura e a Tradição não cessam de ensinar e de celebrar: «O mundo foi criado para glória de Deus» (). Deus criou todas as coisas, explica São Boaventura, «non propter gloriam augendam, sed propter gloriam manifestandam et propter gloriam suam communicandam - Não para aumentar a Sua glória, mas para a manifestar e para a comunicar » (). Para criar, Deus não tem outra razão senão o seu amor e a sua bondade: «Aperta manu clave amoris creaturae prodierunt - As criaturas saíram da mão (de Deus) aberta pela chave do amor» (). E o I Concílio do Vaticano explica:

«Na sua bondade e pela sua força omnipotente, não para aumentar a sua felicidade nem para adquirir a sua perfeição, mas para a manifestar pelos bens que concede às suas criaturas, Deus, no seu libérrimo desígnio, criou do nada simultaneamente e desde o princípio do tempo uma e outra criatura - a espiritual e a corporal» ().



294. A glória de Deus está em que se realize esta manifestação e esta comunicação da sua bondade, em ordem às quais o mundo foi criado. Fazer de nós «filhos adoptivos por Jesus Cristo. Assim aprouve à sua vontade, para que fosse enaltecida a glória da sua graça» (Ef 1, 5-6): «Porque a glória de Deus é o homem vivo, e a vida do homem é a visão de Deus: se a revelação de Deus pela criação já proporcionou a vida a todos os seres que vivem na terra, quanto mais a manifestação do Pai pelo Verbo proporciona a vida aos que vêem a Deus!» (). O fim último da criação é que Deus Pai, «criador de todos os seres, venha finalmente a ser 'tudo em todos' (1 Cor 15, 28), provendo, ao mesmo tempo, à sua glória e à nossa felicidade» ().



V. Deus realiza o seu desígnio: a Divina Providência

A PROVIDÊNCIA E O ESCÂNDALO DO MAL

312. Assim, com o tempo, é possível descobrir que Deus, na sua omni­potente Providência, pode tirar um bem das consequências dum mal (mesmo moral), causado pelas criaturas: «Não, não fostes vós - diz José a seus irmãos - que me fizestes vir para aqui. Foi Deus. [...] Premeditastes contra mim o mal: o desígnio de Deus aproveitou-o para o bem [...] e um povo numeroso foi salvo» (Gn, 45, 8; 50, 20) (). Do maior mal moral jamais praticado, como foi o repúdio e a morte do Filho de Deus, causado pelos pecados de todos os homens, Deus, pela superabundância da sua graça (), tirou o maior dos bens: a glorificação de Cristo e a nossa redenção. Mas nem por isso o mal se transforma em bem.



Parágrafo 5 - Céu e a Terra

II. O mundo visível

Resumindo:

350. Os anjos são criaturas espirituais que glorificam a Deus sem cessar e servem os seus planos salvíficos em relação às outras criaturas: «Ad omnia bona nostra cooperantur angeli - Os anjos prestam a sua cooperação a tudo quanto diz respeito ao nosso bem» ().




NO CORAÇÃO DA CATEQUESE: CRISTO

429. Deste conhecimento amoroso de Cristo brota o desejo de O anunciar, de «evangelizar» e levar os outros ao «sim» da fé em Jesus Cristo. Mas, ao mesmo tempo, faz-se sentir a necessidade de conhecer sempre melhor esta fé. Com esse objectivo, seguindo a ordem do Símbolo da fé, primeiro serão apresentados os principais títulos de Jesus: Cristo, Filho de Deus, Senhor (Artigo 2). O Símbolo confessa, em seguida, os principais mistérios da vida de Cristo: da sua Encarnação (Artigo 3), da sua Páscoa (Artigos 4 e 5) e, por fim, da sua Glorificação (Artigos 6 e 7).



Artigo 2 - «E em Jesus Cristo, Seu Filho Único, Nosso Senhor»

I. Jesus

434. A ressurreição de Jesus glorifica o nome de Deus salvador () porque, a partir daí, é o nome de Jesus que manifesta em plenitude o poder supremo do nome que está acima de todos os nomes» (Fl 2, 9-10). Os espíritos maus temem o seu nome () e é em seu nome que os discípulos de Jesus fazem milagres (), porque tudo o que pedem ao Pai, em seu nome, Ele lho concede ().



Artigo 6 - «Jesus Subiu aos Céus e Está Sentado à Direita de Deus, Pai Todo-Poderoso»

663. Doravante, Cristo está sentado à direita do Pai: «Por direita do Pai entendemos a glória e a honra da divindade, em cujo seio Aquele que, antes de todos os séculos, existia como Filho de Deus, como Deus e consubstancial ao Pai, tomou assento corporalmente desde que encarnou e o seu corpo foi glorificado» ().




Artigo 8 - «Creio No Espírito Santo»

III. O Espírito e a Palavra de Deus, no tempo das promessas

O ESPÍRITO DA PROMESSA

705. Desfigurado pelo pecado e pela morte, o homem permanece «à imagem de Deus», à imagem do Filho, mas está «privado da glória de Deus» () , privado da «semelhança». A promessa feita a Abraão inaugura a «economia da salvação», no termo da qual o próprio Filho assumirá «a imagem»() e restaurá-la-á na «semelhança» com o Pai, voltando a dar-lhe a glória, o Espírito «que dá a vida».



Artigo 9 - «Creio na Santa Igreja Católica»

Parágrafo 1 - A Igreja no Desígnio de Deus

II. Origem, fundação e missão da Igreja

A IGREJA - CONSUMADA NA GLÓRIA

769. «A Igreja [...] só na glória celeste alcançará a sua realização acabada» (), aquando do regresso glorioso de Cristo. Até esse dia, «a Igreja avança na sua peregrinação por entre as perseguições do mundo e das consolações de Deus» (). Vivendo na terra, ela tem consciência de viver no exílio, longe do Senhor () e suspira pelo advento do Reino em plenitude, pela hora em que «espera e deseja juntar-se ao seu Rei na glória» (). A consumação da Igreja - e através dela, do mundo - na glória, não se fará sem grandes provações. Só então é que «todos os justos, desde Adão, "desde o justo Abel até ao último eleito", se encontrarão reunidos na Igreja universal junto do Pai» ().



Parágrafo 3 - A Igreja É Una, Santa, Católica e Apostólica

II. A Igreja é santa

A CAMINHO DA UNIDADE

824. A Igreja, unida a Cristo, é santificada por Ele. Por Ele e n'Ele toma-se também santificante. «Todas as obras da Igreja tendem, como seu fim, () para a santificação dos homens em Cristo e para a glorificação de Deus». É na Igreja que se encontra «a plenitude dos meios de salvação» (). É nela que «nós adquirimos a santidade pela graça de Deus» ().



Artigo 12 - «Creio na Vida Eterna»

VI. A esperança dos novos céus e da nova terra

1042. No fim dos tempos, o Reino de Deus chegará à sua plenitude. Depois do Juízo final, os justos reinarão para sempre com Cristo, glorificados em corpo e alma, e o próprio universo será renovado:

Então a Igreja alcançará «na glória celeste, a sua realização acabada, quando vier o tempo da restauração de todas as coisas e, quando, juntamente com o género humano, também o universo inteiro, que ao homem está intimamente ligado e por ele atinge o seu fim, for perfeitamente restaurado em Cristo» ().






Artigo 1 - Celebrar a Liturgia da Igreja

II. Como celebrar?

AS SANTAS IMAGENS

1162. «A beleza e a cor das imagens estimulam a minha oração. É uma festa para os meus olhos, e, tal como o espectáculo do campo, impele o meu coração a dar glória a Deus» (). A contemplação dos sagrados ícones, unida à meditação da Palavra de Deus e ao canto dos hinos litúrgicos, entra na harmonia dos sinais da celebração, para que o mistério celebrado se imprima na memória do coração e se exprima depois na vida nova dos fiéis.



Artigo 2 - Diversidade Litúrgica e Unidade do Mistério

LITURGIA E CULTURAS

1204. A celebração da Liturgia deve, pois, corresponder ao génio e à cultura dos diferentes povos (). Para que o mistério de Cristo seja «dado a conhecer a todos os gentios, para que obedeçam à fé» (Rm 16, 26), tem de ser anunciado, celebrado e vivido em todas as culturas, de modo que estas não sejam abolidas mas resgatadas e plenamente realizadas por ele (). É com e pela sua cultura humana própria, assumida e transfigurada por Cristo, que a multidão dos filhos de Deus tem acesso ao Pai, para O glorificar num só Espírito.





Artigo 3 - O Sacramento da Eucaristia

III. A Eucaristia na economia da salvação

OS SINAIS DO PÃO E DO VINHO

1335. Os milagres da multiplicação dos pães, quando o Senhor disse a bênção, partiu e distribuiu os pães pelos seus discípulos para alimentar a multidão, prefiguram a superabundância deste pão único da sua Eucaristia (). O sinal da água transformada em vinho em Caná () já anuncia a «Hora» da glorificação de Jesus. E manifesta o cumprimento do banquete das núpcias no Reino do Pai, onde os fiéis beberão do vinho novo ()tornado sangue de Cristo.






Artigo 2 - A Nossa Vocação Para a Bem-Aventurança

III. A bem-aventurança cristã

1723. A bem-aventurança prometida coloca-nos perante as opções morais decisivas. Convida-nos a purificar o nosso coração dos seus maus instintos e a procurar o amor de Deus acima de tudo. E ensina-nos que a verdadeira felicidade não reside nem na riqueza ou no bem-estar, nem na glória humana ou no poder, nem em qualquer obra humana, por útil que seja, como as ciências, as técnicas e as artes, nem em qualquer criatura, mas só em Deus, fonte de todo o bem e de todo o amor:

«A riqueza á a grande divindade deste tempo: é a ela que a multidão, toda a massa dos homens, presta instintiva homenagem. Mede-se a felicidade pela fortuna, como pela fortuna se mede a honorabilidade [...] Tudo provém desta convicção: com a riqueza, tudo se pode. A riqueza é, pois, um dos ídolos actuais: outro, é a notoriedade. [...] A notoriedade, o facto de se ser conhecido e de dar brado no mundo (a que poderia chamar-se fama de imprensa), acabou por ser considerada como um bem em si mesma, um bem soberano, objecto, até, de verdadeira veneração» ().



Artigo 7 - As Virtudes

II. As virtudes teologais

A ESPERANÇA

1821. Podemos, portanto, esperar a glória do céu prometida por Deus àqueles que O amam () e fazem a sua vontade (). Em todas as circunstâncias, cada qual deve esperar, com a graça de Deus, «permanecer firme até ao fim» () e alcançar a alegria do céu, como eterna recompensa de Deus pelas boas obras realizadas com a graça de Cristo. É na esperança que a Igreja pede que «todos os homens se salvem» (1 Tm 2, 4) e ela própria aspira a ficar, na glória do céu, unida a Cristo, seu Esposo:

«Espera, espera, que não sabes quando virá o dia nem a hora. Vela com cuidado, que tudo passa com brevidade, embora o teu desejo faça o certo duvidoso e longo o tempo breve. Olha que quanto mais pelejares, mais mostrarás o amor que tens a teu Deus, e mais te regozijarás com teu Amado em gozo e deleite que não pode ter fim» ().




O DECÁLOGO NA SAGRADA ESCRITURA

2059. As «dez palavras» são pronunciadas por Deus no decurso duma teofania («sobre a montanha, no meio do fogo, o Senhor vos falou face a face»: Dt 5, 4). Fazem parte da revelação que Deus fez de Si mesmo e da sua glória. O dom dos mandamentos é uma dádiva do próprio Deus e da sua santa vontade. Dando a conhecer as suas vontades, Deus revela-Se ao seu povo.




Artigo 7 - O Sétimo Mandamento

II. O respeito pelas pessoas e seus bens

O RESPEITO PELA INTEGRIDADE DA CRIAÇÃO

2416. Os animais são criaturas de Deus. Deus envolve-os na sua solicitude providencial (). Pelo simples facto de existirem, eles O bendizem e Lhe dão glória (). Por isso, os homens devem estimá-los. É de lembrar com que delicadeza os santos, como São Francisco de Assis ou São Filipe de Néri, tratavam os animais.



Artigo 8 - O Oitavo Mandamento

VI. Verdade, beleza e arte sacra

2502. A arte sacra é verdadeira e bela quando corresponde, pela forma, à sua vocação própria: evocar e glorificar, na fé e na adoração, o mistério transcendente de Deus, sobre eminente beleza invisível da verdade e do amor, manifestada em Cristo, «esplendor da sua glória e imagem da sua substância» (Heb 1, 3), no Qual «habita corporalmente toda a plenitude da divindade» (Cl 2, 9); beleza espiritual reflectida na santíssima Virgem Mãe de Deus, nos anjos e nos santos. A verdadeira arte sacra leva o homem à adoração, à oração e ao amor de Deus, Criador e Salvador, Santo e Santificador.



Artigo 10 - O Décimo Mandamento

IV. «Quero ver a Deus»

2550. Neste caminho da perfeição, o Espírito e a Esposa chamam quem os escuta () à comunhão perfeita com Deus:

«Ali será a verdadeira glória; ninguém ali será louvado por engano ou por lisonja; as verdadeiras honras não serão nem recusadas aos que as merecem, nem dadas aos indignos delas; aliás, não haverá ali indigno que as pretenda, pois só os dignos lá serão admitidos. Ali reinará a verdadeira paz; ninguém terá oposição, nem de si mesmo nem dos outros. O próprio Deus será a recompensa da virtude, Ele que a deu e Se lhe prometeu como recompensa, a maior e melhor que possa existir: [...] "Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo" (Lv 26, 12) [...] É também este o sentido das palavras do Apóstolo: "Para que Deus seja tudo em todos" (I Cor 15, 28). Ele mesmo será o fim dos nossos desejos, Ele que nós havemos de contemplar sem fim, de amar sem saciedade, de louvar sem cansaço. É este dom, este afecto, esta ocupação serão, sem dúvida, comuns a todos como a vida eterna» ().






Artigo 3 - No Tempo da Igreja

V. A oração de louvor

2639. O louvor é a forma de oração que mais imediatamente reconhece que Deus é Deus! Canta-O por Si próprio, glorifica-O, não tanto pelo que Ele faz, mas sobretudo porque ELE É. Participa da bem-aventurança dos corações puros que O amam na fé, antes de O verem na glória. Por ela, o Espírito junta-Se ao nosso espírito para testemunhar que somos filhos de Deus () e dá testemunho do Filho Único no qual fomos adoptados e pelo qual glorificamos o Pai. O louvor integra as outras formas de oração e leva-as Aquele que delas é a fonte e o termo: «o único Deus, o Pai, de quem tudo procede e para quem nós somos» (1 Cor 8, 6).