Consulta Índice Analítico






Catecismo - Consulta Índice Analítico






Artigo 1 - «Creio em Deus Pai Todo-Poderoso Criador do Céu e da Terra»

Parágrafo 1 - Creio em Deus

II. Deus revela o seu nome

SÓ DEUS É

212. No decorrer dos séculos, a fé de Israel pôde desenvolver e aprofundar as riquezas contidas na revelação do nome divino. Deus é único, fora d'Ele não há deuses (). Ele transcende o mundo e a história. Foi Ele que fez o céu e a terra; «eles hão-de passar, mas Vós permaneceis; tal como um vestido, eles se vão gastando [...] Vós, porém, sois sempre o mesmo e os vossos anos não têm fim» (Sl 102, 27-28). N'Ele «não há variação nem sombra de mudança» (Tg 1, 17). Ele é «Aquele que é», desde sempre e para sempre; e assim, permanece sempre fiel a Si mesmo e às suas promessas.



Parágrafo 3 - O Todo-Poderoso

«FAZ TUDO QUANTO LHE APRAZ» (Sl 115, 3)

269. As Sagradas Escrituras confessam, a cada passo, o poder universal de Deus. Ele é chamado «o Poderoso de Jacob» (Gn 49, 24; Is 1, 24: etc.) «o Senhor dos Exércitos», «o Forte, o Poderoso» (SI 24, 8-10). Se Deus é omnipotente «no céu e na terra» (Sl 135, 6), é porque foi Ele quem os fez. Portanto, nada Lhe é impossível () e Ele dispõe à vontade da sua obra (); Ele é o Senhor do Universo, cuja ordem foi por Ele estabelecida e Lhe permanece inteiramente submissa e disponível; Ele é o Senhor da história; governa os corações e os acontecimentos segundo a sua vontade (): «O vosso poder imenso sempre vos assiste - e quem poderá resistir à força do Vosso braço?» (Sb 11, 21).



Parágrafo 4 - O Criador

V. Deus realiza o seu desígnio: a Divina Providência

DEUS SUSTENTA E CONDUZ A CRIAÇÃO

303. É unânime, a este respeito, o testemunho da Escritura: a solicitude da divina Providência é concreta e imediata, cuida de tudo, desde os mais insignificantes pormenores até aos grandes acontecimentos do mundo e da história. Os livros santos afirmam, com veemência, a soberania absoluta de Deus no decurso dos acontecimentos: «Tudo quanto Lhe aprouve, o nosso Deus o fez, no céu e na terra» (Sl 115, 3); e de Cristo se diz: «que abre e ninguém fecha, e fecha e ninguém abre» (Ap 3, 7); «há muitos projectos no coração do homem, mas é a vontade do Senhor que prevalece» (Pr 19, 21).



304. É assim que, muitas vezes, vemos o Espírito Santo, autor principal da Sagrada Escritura, atribuir a Deus certas acções, sem mencionar causas-segundas. Isso não é «uma maneira de dizer» primitiva, mas sim um modo profundo de afirmar o primado de Deus e o seu senhorio absoluto sobre a história e sobre o mundo () e de ensinar a ter confiança n'Ele. A oração dos Salmos é, aliás, a grande escola desta confiança ().



A PROVIDÊNCIA E O ESCÂNDALO DO MAL

314. Nós cremos firmemente que Deus é o Senhor do mundo e da história. Muitas vezes, porém, os caminhos da sua Providência são-nos desconhecidos. Só no fim, quando acabar o nosso conhecimento parcial e virmos Deus «face a face» (1 Cor 13, 12), é que nos serão plenamente conhecidos os caminhos pelos quais, mesmo através do mal e do pecado, Deus terá conduzido a criação ao repouso desse Sábado () definitivo, em vista do qual criou o céu e a terra.



Parágrafo 5 - Céu e a Terra

II. O mundo visível

OS ANJOS NA VIDA DA IGREJA

338. Nada existe que não deva a sua existência a Deus Criador: O mundo começou quando foi tirado do nada pela Palavra de Deus: todos os seres existentes, toda a Natureza, toda a história humana radicam neste acontecimento primordial: é a própria génese, pela qual o mundo foi constituído e o tempo começado ().



Parágrafo 7 - A Queda

I. «Onde abundou o pecado, sobreabundou a graça»

A REALIDADE DO PECADO

386. O pecado está presente na história do homem. Seria vão tentar ignorá-lo ou dar outros nomes a esta obscura realidade. Para tentar compreender o que é o pecado, temos primeiro de reconhecer o laço profundo que une o homem a Deus, porque, fora desta relação, o mal do pecado não é desmascarado na sua verdadeira identidade de recusa e oposição a Deus, embora continue a pesar na vida do homem e na história.



O PECADO ORIGINAL - UMA VERDADE FUNDAMENTAL DA FÉ

388. Com o progresso da Revelação, vai-se esclarecendo também a realidade do pecado. Embora o povo de Deus do Antigo Testamento tenha abordado a dor da condição humana à luz da história da queda narrada no Génesis, não podia atingir o significado último dessa história, o qual só se manifesta à luz da Morte e Ressurreição de Jesus Cristo (). É preciso conhecer Cristo como fonte da graça para reconhecer Adão como fonte do pecado. Foi o Espírito Paráclito, enviado por Cristo ressuscitado, que veio «confundir o mundo em matéria de pecado» (Jo 16, 8), revelando Aquele que é o seu redentor.



PARA LER A NARRATIVA DA QUEDA

390. A narrativa da queda (Gn 3) utiliza uma linguagem feita de imagens, mas afirma um acontecimento primordial, um facto que teve lugar no princípio da história do homem (). A Revelação dá-nos uma certeza de fé de que toda a história humana está marcada pela falta original, livremente cometida pelos nossos primeiros pais ().



II. A queda dos anjos

395. No entanto, o poder de Satanás não é infinito. Satanás é uma simples criatura, poderosa pelo facto de ser puro espírito, mas, de qualquer modo, criatura: impotente para impedir a edificação do Reino de Deus. Embora Satanás exerça no mundo a sua acção, por ódio contra Deus e o seu reinado em Jesus Cristo, e embora a sua acção cause graves prejuízos - de natureza espiritual e indirectamente, também, de natureza física - a cada homem e à sociedade, essa acção é permitida pela divina Providência, que com força e suavidade dirige a história do homem e do mundo. A permissão divina da actividade diabólica é um grande mistério. Mas «nós sabemos que tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus» (Rm 8, 28).



III. O pecado original

O PRIMEIRO PECADO DO HOMEM

401. A partir deste primeiro pecado, uma verdadeira «invasão» de pecado inunda o mundo: o fratricídio cometido por Caim na pessoa de Abel (); a corrupção universal como consequência do pecado (). Na história de Israel, o pecado manifesta-se com frequência, sobretudo como uma infidelidade ao Deus da Aliança e como transgressão da lei de Moisés. Mesmo depois da redenção de Cristo, o pecado manifesta-se de muitas maneiras entre os cristãos (). A Sagrada Escritura e a Tradição da Igreja não se cansam de lembrar a presença e a universalidade do pecado na história do homem.

«O que a Revelação divina nos dá a conhecer, concorda com os dados da experiência. Quando o homem olha para dentro do seu próprio coração, descobre-se inclinado também para o mal, e imerso em muitos males, que não podem provir do seu Criador, que é bom. Muitas vezes, recusando reconhecer Deus como seu princípio, o homem perturbou, por isso mesmo, a sua ordenação para o fim último e, ao mesmo tempo, toda a harmonia consigo próprio, com os outros homens e com toda a criação» ().



UM DURO COMBATE

409. Esta dramática situação do mundo, que «está todo sob o poder do Maligno» (1 Jo 5, 19) (), transforma a vida do homem num combate:

«Um duro combate contra os poderes das trevas atravessa toda a história dos homens. Tendo começado nas origens, há-de durar - o Senhor no-lo disse - até ao último dia. Empenhado nesta batalha, o homem vê-se na necessidade de lutar sem descanso para aderir ao bem. Só através de grandes esforços é que, com a graça de Deus, consegue realizar a sua unidade interior» ().




Artigo 2 - «E em Jesus Cristo, Seu Filho Único, Nosso Senhor»

IV. Senhor

450. Desde o princípio da história cristã, a afirmação do senhorio de Jesus sobre o mundo e sobre a história () significa também o reconhecimento de que o homem não deve submeter a sua liberdade pessoal, de modo absoluto, a nenhum poder terreno, mas somente a Deus Pai e ao Senhor Jesus Cristo: César não é o «Senhor»(). «A Igreja crê... que a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontra no seu Senhor e Mestre» ().




Artigo 9 - «Creio na Santa Igreja Católica»

Parágrafo 1 - A Igreja no Desígnio de Deus

II. Origem, fundação e missão da Igreja

UM DESÍGNIO NASCIDO NO CORAÇÃO DO PAI

759. «O eterno Pai, que pelo libérrimo e insondável desígnio da sua sabedoria e bondade, criou o universo, decidiu elevar os homens participação da vida divina», para a qual a todos convida em seu Filho: «E, aos que crêem em Cristo, decidiu convocá-los na santa Igreja». Esta «família de Deus» constituiu-se e realizou-se gradualmente ao longo das etapas da história humana, segundo as disposições do Pai: de facto, a Igreja «prefigurada já desde o princípio do mundo e admiravelmente preparada na história do povo de Israel e na antiga Aliança, foi constituída no fim dos tempos, e manifestada pela efusão do Espírito Santo, e será gloriosamente consumada no fim dos séculos» ().



III. O mistério da Igreja

A IGREJA - CONSUMADA NA GLÓRIA

770. A Igreja está na história, mas, ao mesmo tempo, transcende-a. Só «com os olhos da fé» () é que se pode ver na sua realidade visível, ao mesmo tempo, uma realidade espiritual, portadora de vida divina.



Artigo 12 - «Creio na Vida Eterna»

V. O Juízo final

1040. O Juízo final terá lugar quando acontecer a vinda gloriosa de Cristo. Só o Pai sabe o dia e a hora, só Ele decide sobre a sua vinda. Pelo seu Filho Jesus Cristo. Ele pronunciará então a sua palavra definitiva sobre toda a história. Nós ficaremos a saber o sentido último de toda a obra da criação e de toda a economia da salvação, e compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais a sua providência tudo terá conduzido para o seu fim último. O Juízo final revelará como a justiça de Deus triunfa de todas as injustiças cometidas pelas suas criaturas e como o seu amor é mais forte do que a morte ().






Artigo 7 - O Sétimo Mandamento

III. A doutrina social da Igreja

O RESPEITO PELA INTEGRIDADE DA CRIAÇÃO

2422. O ensino social da Igreja inclui um corpo de doutrina que se vai articulando à medida que a mesma Igreja interpreta os acontecimentos no decurso da história à luz do conjunto da Palavra revelada por Cristo Jesus, com a assistência do Espírito Santo (). Este ensino torna-se tanto mais aceitável para os homens de boa vontade, quanto mais inspira o procedimento dos fiéis.






Artigo 1 - No Antigo Testamento

2568. A revelação da oração no Antigo Testamento inscreve-se entre a queda e o levantar-se do homem, entre o doloroso chamamento de Deus pelos seus primeiros filhos: «Onde estás? [...] Porque fizeste isso?» (Gn 3, 9,13), e a resposta do Filho único, ao entrar neste mundo: «Eis que venho, [...] ó Deus, para fazer a tua vontade» (Heb 10, 7) (). A oração está assim ligada à história dos homens; é a relação com Deus nos acontecimentos da história.



Resumindo:

2591. Deus não se cansa de chamar cada um, pessoalmente, para o encontro misterioso com Ele. A oração acompanha toda a história da salvação, como um apelo recíproco entre Deus e o homem.



2596. Os salmos constituem a obra-prima da oração no Antigo Testamento. Apresentam duas componentes inseparáveis: a pessoal e a comunitária. Estendem-se a todas as dimensões da história, comemorando as promessas de Deus já cumpridas e esperando a vinda do Messias.




Artigo 1 - Nas Fontes da Oração

«HOJE»

2660. Orar nos acontecimentos de cada dia e de cada instante é um dos segredos do Reino, revelados aos «pequeninos», aos servos de Cristo, aos pobres das bem-aventuranças. É justo e bom orar para que a vinda do Reino da justiça e da paz influencie a marcha da história; mas também é importante levedar pela oração a massa das humildes situações quotidianas. Todas as formas de oração podem ser esse fermento a que o Senhor compara o Reino ().