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Catecismo - Consulta Índice Analítico






Artigo 3 - «Jesus Cristo Foi Concebido Pelo Poder do Espírito Santo e Nasceu da Virgem Maria»

Parágrafo 3 - Os Mistérios da Vida de Cristo

II. Os mistérios da infância e da vida oculta de Jesus

OS MISTÉRIOS DA INFÂNCIA DE JESUS

527. A circuncisão de Jesus, oito dias depois do seu nascimento (), sinal da sua inserção na descendência de Abraão, no povo da Aliança, da sua submissão à Lei () e da sua deputação para o culto de Israel, no qual participará durante toda a sua vida. Este sinal prefigura «a circuncisão de Cristo», que é o Baptismo ().



528. A Epifania é a manifestação de Jesus como Messias de Israel, Filho de Deus e salvador do mundo. Juntamente com o baptismo de Jesus no Jordão e as bodas de Caná (), a Epifania celebra a adoração de Jesus pelos «magos» vindos do Oriente (). Nestes «magos», representantes das religiões pagãs circunvizinhas, o Evangelho vê as primícias das nações, que acolhem a Boa-Nova da salvação pela Encarnação. A vinda dos magos a Jerusalém, para «adorar o rei dos judeus» (), mostra que eles procuram em Israel, à luz messiânica da estrela de David (), Aquele que será o rei das nações (). A sua vinda significa que os pagãos não podem descobrir Jesus e adorá-Lo como Filho de Deus e Salvador do mundo, senão voltando-se para os Judeus () e recebendo deles a sua promessa messiânica, tal como está contida no Antigo Testamento (). A Epifania manifesta que «todos os povos entram na família dos patriarcas» () e adquire a « israelitica dignitas» - a dignidade própria do povo eleito ().



529. A apresentação de Jesus no templo () mostra-O como Primogénito que pertence ao Senhor (). Com Simeão e Ana, é toda a expectativa de Israel que vem ao encontro do seu Salvador (a tradição bizantina designa por encontro este acontecimento). Jesus é reconhecido como o Messias tão longamente esperado, «luz das nações» e «glória de Israel», mas também como «sinal de contradição». A espada de dor, predita a Maria, anuncia essa outra oblação, perfeita e única, da cruz, que trará a salvação que Deus «preparou diante de todos os povos».



530. A fuga para o Egipto e o massacre dos Inocentes () manifestam a oposição das trevas à luz: «Ele veio para o que era seu e os seus não O receberam» (Jo 1, 11). Toda a vida de Cristo decorrerá sob o signo da perseguição. Os seus partilham-na com Ele (). O seu regresso do Egipto () lembra o Êxodo () e apresenta Jesus como o libertador definitivo.