Consulta Índice Analítico






Catecismo - Consulta Índice Analítico






Artigo 2 - A Transmissão da Revelação Divina

II. A relação entre a Tradição e a Sagrada Escritura

...DUAS FORMAS DE TRANSMISSÃO DISTINTAS

82. Daí resulta que a Igreja, a quem está confiada a transmissão e interpretação da Revelação, «não tira só da Sagrada Escritura a sua certeza a respeito de todas as coisas reveladas. Por isso, ambas devem ser recebidas e veneradas com igual espírito de piedade e reverência» ().



III. A interpretação da herança da fé

A HERANÇA DA FÉ CONFIADA À TOTALIDADE DA IGREJA

84. O depósito da fé () («depositum fidei»), contido na Tradição sagrada e na Sagrada Escritura, foi confiado pelos Apóstolos ao conjunto da Igreja. «Apoiando-se nele, todo o povo santo persevera unido aos seus pastores na doutrina dos Apóstolos e na comunhão, na fracção do pão e na oração, de tal modo que, na conservação, actuação e profissão da fé transmitida, haja uma especial concordância dos pastores e dos fiéis» ().



O MAGISTÉRIO DA IGREJA

85. «O encargo de interpretar autenticamente a Palavra de Deus, escrita ou contida na Tradição, foi confiado só ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade é exercida em nome de Jesus Cristo (), isto é, aos bispos em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma.



85. «O encargo de interpretar autenticamente a Palavra de Deus, escrita ou contida na Tradição, foi confiado só ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade é exercida em nome de Jesus Cristo (), isto é, aos bispos em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma.



86. «Todavia, este Magistério não está acima da Palavra de Deus, mas sim ao seu serviço, ensinando apenas o que foi transmitido, enquanto, por mandato divino e com a assistência do Espírito Santo, a ouve piamente, a guarda religiosamente e a expõe fielmente, haurindo deste depósito único da fé tudo quanto propõe à fé como divinamente revelado» ().



87. Os fiéis, lembrando-se da palavra de Cristo aos Apóstolos: «Quem vos escuta escuta-me a Mim» (Lc 10, 16) (), recebem com docilidade os ensinamentos e as directrizes que os seus pastores lhes dão, sob diferentes formas.



OS DOGMAS DA FÉ

88. O Magistério da Igreja faz pleno uso da autoridade que recebeu de Cristo quando define dogmas, isto é, quando propõe, dum modo que obriga o povo cristão a uma adesão irrevogável de fé, verdades contidas na Revelação divina ou quando propõe, de modo definitivo, verdades que tenham com elas um nexo necessário.



89. Existe uma ligação orgânica entre a nossa vida espiritual e os dogmas. Os dogmas são luzes no caminho da nossa fé: iluminam-no e tornam-no seguro. Por outro lado, se a nossa vida for recta, a nossa inteligência e nosso coração estarão abertos para acolher a luz dos dogmas da fé ().



90. A interligação e a coerência dos dogmas podem encontrar-se no conjunto da revelação do mistério de Cristo (). Convém lembrar que «existe uma ordem ou "hierarquia" das verdades da doutrina católica, já que o nexo delas com o fundamento da fé cristã é diferente» ().



O SENTIDO SOBRENATURAL DA FÉ

91. Todos os fiéis participam na compreensão e na transmissão da verdade revelada. Todos receberam a unção do Espírito Santo que os instrui ()e os conduz «à verdade total» (Jo 16, 13).



92. «A totalidade dos fiéis [...] não pode enganar-se na fé e manifesta esta sua propriedade peculiar por meio do sentir sobrenatural da fé do povo todo, quando, "desde os bispos até ao último dos fiéis leigos", exprime consenso universal em matéria de fé e costumes» ().



93. «Com este sentido da fé, que se desperta e sustenta pela acção do Espírito de verdade, o povo de Deus, sob a direcção do sagrado Magistério [...] adere indefectivelmente à fé, uma vez por todas confiada aos santos; penetra-a mais profundamente com juízo acertado e aplica-a mais totalmente na vida» ().



O CRESCIMENTO NA INTELIGÊNCIA DA FÉ

94. Graças à assistência do Espírito Santo, a inteligência das realidades e das palavras do depósito da fé pode crescer na vida da Igreja:

- «Pela contemplação e pelo estudo dos crentes, que as meditam no seu coração» (); e particularmente pela «investigação teológica, que aprofunda o conhecimento da verdade revelada» ().

- «Pela inteligência interior das coisas espirituais que os crentes experimentam» (); «Divina eloquia cum legente crescunt» - «As palavras divinas crescem com quem as lê» ().

- «Pela pregação daqueles que receberam, com a sucessão episcopal, um carisma certo da verdade» ().



95. «É claro, portanto, que a sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja, segundo um sapientíssimo desígnio de Deus, estão de tal maneira ligados e conjuntos, que nenhum pode subsistir sem os outros e, todos juntos, cada um a seu modo, sob a acção do mesmo Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas» ().



Artigo 3 - A Sagrada Escritura

III. O Espírito Santo, intérprete da Escritura

109. Na Sagrada Escritura, Deus fala ao homem à maneira dos homens. Portanto, para bem interpretar a Escritura, é necessário prestar atenção ao que os autores humanos realmente quiseram dizer, e àquilo que aprouve a Deus manifestar-nos pelas palavras deles ().



109. Na Sagrada Escritura, Deus fala ao homem à maneira dos homens. Portanto, para bem interpretar a Escritura, é necessário prestar atenção ao que os autores humanos realmente quiseram dizer, e àquilo que aprouve a Deus manifestar-nos pelas palavras deles ().



110. Para descobrir a intenção dos autores sagrados, é preciso ter em conta as condições do seu tempo e da sua cultura, os «géneros literários» em uso na respectiva época, os modos de sentir, falar e narrar correntes naquele tempo. «Porque a verdade é proposta e expressa de modos diversos, em textos históricos de vária índole, ou proféticos, ou poéticos ou de outros géneros de expressão»().



111. Mas, uma vez que a Sagrada Escritura é inspirada, existe outro princípio de interpretação recta, não menos importante que o anterior, e sem o qual a Escritura seria letra morta: «A Sagrada Escritura deve ser lida e interpretada com o mesmo espírito com que foi escrita» ().

O II Concílio do Vaticano indica três critérios para uma interpretação da Escritura conforme ao Espírito que a inspirou ():



111. Mas, uma vez que a Sagrada Escritura é inspirada, existe outro princípio de interpretação recta, não menos importante que o anterior, e sem o qual a Escritura seria letra morta: «A Sagrada Escritura deve ser lida e interpretada com o mesmo espírito com que foi escrita» ().

O II Concílio do Vaticano indica três critérios para uma interpretação da Escritura conforme ao Espírito que a inspirou ():



112. 1. Prestar grande atenção «ao conteúdo e à unidade de toda a Escritura». Com efeito, por muito diferentes que sejam os livros que a compõem, a Escritura é una, em razão da unidade do desígnio de Deus, de que Jesus Cristo é o centro e o coração, aberto desde a sua Páscoa ().

«Por coração () de Cristo entende-se a Sagrada Escritura que nos dá a conhecer o coração de Cristo. Este coração estava fechado antes da Paixão, porque a Escritura estava cheia de obscuridades. Mas a Escritura ficou aberta depois da Paixão e assim, aqueles que desde então a consideram com inteligência, discernem o modo como as profecias devem ser interpretadas» ().



113. 2. Ler a Escritura na «tradição viva de toda a Igreja». Segundo uma sentença dos Padres, «Sacra Scriptura principalius est in corde Ecclesiae quam in materialibus instrumentis scripta» - «A Sagrada Escritura está escrita no coração da Igreja, mais do que em instrumentos materiais» (). Com efeito, a Igreja conserva na sua Tradição a memória viva da Palavra de Deus, e é o Espírito Santo que lhe dá a interpretação espiritual da Escritura («... secundum spiritualem sensum quem Spiritus donat Ecclesiae» «segundo o sentido espiritual que o Espírito Santo dá à Igreja») ().



114. 3. Estar atento «à analogia da fé» (). Por «analogia da fé» entendemos a coesão das verdades da fé entre si e no projecto total da Revelação.



OS SENTIDOS DA ESCRITURA

115. Segundo uma antiga tradição, podemos distinguir dois sentidos da Escritura: o sentido literal e o sentido espiritual, subdividindo-se este último em sentido alegórico, moral e anagógico. A concordância profunda dos quatro sentidos assegura a sua riqueza à leitura viva da Escritura na Igreja:



116. O sentido literal. É o expresso pelas palavras da Escritura e descoberto pela exegese segundo as regras da recta interpretação. «Omnes sensus (sc. Sacrae Scripturae) fundentur super litteralem» - «Todos os sentidos (da Sagrada Escritura) se fundamentam no literal» ().



116. O sentido literal. É o expresso pelas palavras da Escritura e descoberto pela exegese segundo as regras da recta interpretação. «Omnes sensus (sc. Sacrae Scripturae) fundentur super litteralem» - «Todos os sentidos (da Sagrada Escritura) se fundamentam no literal» ().



117. O sentido espiritual. Graças à unidade do desígnio de Deus, não só o texto da Escritura, mas também as realidades e acontecimentos de que fala, podem ser sinais.

1. O sentido alegórico. Podemos adquirir uma compreensão mais profunda dos acontecimentos, reconhecendo o seu significado em Cristo: por exemplo, a travessia do Mar Vermelho é um sinal da vitória de Cristo e, assim, do Baptismo ().

2. O sentido moral. Os acontecimentos referidos na Escritura podem conduzir-nos a um comportamento justo. Foram escritos «para nossa instrução» (1 Cor 10, 11) ().

3. O sentido anagógico. Podemos ver realidades e acontecimentos no seu significado eterno, o qual nos conduz (em grego: «anagoge») em direcção à nossa Pátria. Assim, a Igreja terrestre é sinal da Jerusalém celeste ().



118. Um dístico medieval resume a significação dos quatro sentidos:

«Littera gesta docet, quid credas allegoria.
Moralis quid agas, quo tendas anagogia».
«A letra
ensina-te os factos (passados), a alegoria o que deves crer,
a moral o que deves fazer, a anagogia para onde deves tender» ().



119. «Cabe aos exegetas trabalhar, de harmonia com estas regras, por entender e expor mais profundamente o sentido da Sagrada Escritura, para que, mercê deste estudo, de algum modo preparatório, amadureçao juízo da Igreja. Com efeito, tudo quanto diz respeito à interpretação da Escritura, está sujeito ao juízo último da Igreja, que tem o divino mandato e o ministério de guardar e interpretar a Palavra de Deus» ():

«Ego vero Evangelio non crederem, nisi me catholicae Ecclesiae commoveret auctoritas» - «Quanto a mim, não acreditaria no Evangelho se não me movesse a isso a autoridade da Igreja católica» ().



119. «Cabe aos exegetas trabalhar, de harmonia com estas regras, por entender e expor mais profundamente o sentido da Sagrada Escritura, para que, mercê deste estudo, de algum modo preparatório, amadureçao juízo da Igreja. Com efeito, tudo quanto diz respeito à interpretação da Escritura, está sujeito ao juízo último da Igreja, que tem o divino mandato e o ministério de guardar e interpretar a Palavra de Deus» ():

«Ego vero Evangelio non crederem, nisi me catholicae Ecclesiae commoveret auctoritas» - «Quanto a mim, não acreditaria no Evangelho se não me movesse a isso a autoridade da Igreja católica» ().





Artigo 4 - «Jesus Cristo Padeceu Sob Pôncio Pilatos Foi Crucificado, Morto e Sepultado»

572. A Igreja permanece fiel à «interpretação de todas as Escrituras» dada pelo próprio Jesus, tanto antes como depois da sua Páscoa () «Não tinha o Messias de sofrer tudo isto, para entrar na sua glória?» (Lc 24, 26). Os sofrimentos de Jesus tomaram a sua forma histórica concreta, pelo facto de Ele ter sido «rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos escribas» (Mc 8, 31), que «O entregaram aos pagãos para ser escarnecido, flagelado e crucificado» (Mt 20, 19).



Parágrafo 1 - Jesus e Israel

I. Jesus e a Lei

581. Jesus apareceu aos olhos dos Judeus e dos seus chefes espirituais como um «rabbi» (). Muitas vezes argumentou, no quadro da interpretação rabínica da Lei (). Mas, ao mesmo tempo, Jesus tinha forçosamente de Se confrontar com os doutores da Lei porque não Se contentava com propor a sua interpretação a par das deles: «ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas» (Mt 7, 28-29). N'Ele, era a própria Palavra de Deus, que Se fizera ouvir no Sinai, para dar a Moisés a Lei escrita, que de novo Se fazia ouvir sobre a montanha das bem-aventuranças (). Esta Palavra de Deus não aboliu a Lei, mas cumpriu-a, ao fornecer, de modo divino, a sua interpretação última: «Ouvistes que foi dito aos antigos [...] Eu, porém, digo-vos» (Mt 5, 33-34). Com esta mesma autoridade divina, desaprova certas «tradições humanas» () dos fariseus, que «anulam a Palavra de Deus» ().



582. Indo mais longe, Jesus cumpriu a lei sobre a pureza dos alimentos, tão importante na vida quotidiana judaica, explicando o seu sentido «pedagógico» () por uma interpretação divina: «Não há nada fora do homem que, ao entrar nele, o possa tornar impuro [...] - e assim declarava puros todos os alimentos - [...]. O que sai do homem é que o toma impuro. Pois, do interior do coração dos homens é que saem os pensamentos perversos» (Mc 7, 18-21). Proporcionando, com autoridade divina, a interpretação definitiva da Lei, Jesus colocou-Se numa situação de confronto com certos doutores da Lei, que não aceitavam a sua interpretação, muito embora garantida pelos sinais divinos que a acompanhavam (). Isto vale sobretudo para a questão do sábado: Jesus lembra, e muitas vezes com argumentos rabínicos (), que o repouso sabático não é violado pelo serviço de Deus () ou do próximo () que as suas curas realizam.



Parágrafo 2 - Jesus Morreu Crucificado

II. A morte redentora de Cristo no desígnio divino de salvação

«MORTO PELOS NOSSOS PECADOS, SEGUNDO AS ESCRITURAS»

601. Este plano divino de salvação, pela entrega à morte do «Servo, o Justo» (), tinha sido de antemão anunciado na Escritura como um mistério de redenção universal, quer dizer, de resgate que liberta os homens da escravidão do pecado () São Paulo professa, numa confissão de fé que diz ter «recebido» (), que «Cristo morreu pelos nossos pecados segundo as Escrituras» (1 Cor 15, 3) (). A morte redentora de Jesus deu cumprimento sobretudo à profecia do Servo sofredor (). O próprio Jesus apresentou o sentido da sua vida e da sua morte à luz do Servo sofredor (). Após a sua ressurreição, deu esta interpretação das Escrituras aos discípulos de Emaús () e depois aos próprios Apóstolos ().






Artigo 6 - A Consciência Moral

III. Decidir em consciência

1788. Para isso, o homem esforça-se por interpretar os dados da experiência e os sinais dos tempos, graças à virtude da prudência, aos conselhos de pessoas sensatas e à ajuda do Espírito Santo e dos seus dons.




«MESTRE, QUE HEI-DE FAZER...?»

2055. Quando Lhe perguntam: «Qual é o maior mandamento que há na Lei?» (Mt 22, 36), Jesus responde: «Amarás o Senhor teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente: tal é o maior e primeiro mandamento. O segundo é semelhante a este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. A estes dois mandamentos está Ligada toda a Lei, bem como os Profetas» (Mt 22, 37-40) (). O Decálogo deve ser interpretado à luz deste duplo e único mandamento da caridade, plenitude da Lei.

«De facto: "Não cometerás adultério, não matarás, não furtarás, não cobiçarás" bem como qualquer outro mandamento, estão resumidos numa só frase: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo". O amor não faz mal ao próximo. Assim, é no amor que está o pleno cumprimento da Lei» (Rm 13, 9-10).




Artigo 1 - O Primeiro Mandamento

III. «Não terás outros deuses perante Mim»

ADIVINHAÇÃO E MAGIA

2116. Todas as formas de adivinhação devem ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demónios, evocação dos mortos ou outras práticas supostamente «reveladoras» do futuro (). A consulta dos horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de presságios e de sortes, os fenómenos de vidência, o recurso aos "médiuns", tudo isso encerra uma vontade de dominar o tempo, a história e, finalmente, os homens, ao mesmo tempo que é um desejo de conluio com os poderes ocultos. Todas essas práticas estão em contradição com a honra e o respeito, penetrados de temor amoroso, que devemos a Deus e só a Ele.



Artigo 3 - O Terceiro Mandamento

I. O dia do sábado

2173. O Evangelho relata numerosos incidentes em que Jesus é acusado de violar a lei do sábado. Mas Jesus nunca viola a santidade deste dia (). É com autoridade que Ele dá a sua interpretação autêntica desta lei: «O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado» (Mc 2, 27). Cheio de compaixão, Cristo autoriza-Se, em dia de sábado, a fazer o bem em vez do mal, a salvar uma vida antes que perdê-la (). O sábado é o dia do Senhor das misericórdias e da honra de Deus (). «O Filho do Homem é Senhor do próprio sábado» (Mc 2, 28).




Artigo 6 - O Sexto Mandamento

I. «Homem e mulher os criou»...

2336. Jesus veio restaurar a criação na pureza das suas origens. No sermão da montanha, interpreta de modo rigoroso o desígnio de Deus:

«Ouvistes que foi dito: "Não cometerás adultério". Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração» (Mt 5, 27-28). Não separe o homem o que Deus uniu ().

A Tradição da Igreja entendeu o sexto mandamento como englobando o conjunto da sexualidade humana.



Artigo 7 - O Sétimo Mandamento

III. A doutrina social da Igreja

O RESPEITO PELA INTEGRIDADE DA CRIAÇÃO

2422. O ensino social da Igreja inclui um corpo de doutrina que se vai articulando à medida que a mesma Igreja interpreta os acontecimentos no decurso da história à luz do conjunto da Palavra revelada por Cristo Jesus, com a assistência do Espírito Santo (). Este ensino torna-se tanto mais aceitável para os homens de boa vontade, quanto mais inspira o procedimento dos fiéis.



Artigo 8 - O Oitavo Mandamento

III. As ofensas à verdade

2478. Para evitar o juízo temerário, cada um procurará interpretar em sentido favorável, tanto quanto possível, os pensamentos, as palavras e os actos do seu próximo:

«Todo o bom cristão deve estar mais pronto a interpretar favoravelmente a opinião ou afirmação obscura do próximo do que a condená-la. Se de modo nenhum a pode aprovar, interrogue-se sobre como é que ele a compreende: se ele pensa ou compreende menos rectamente, corrija-o com benevolência; e se isso não basta, tentem-se todos os meios oportunos para que, compreendendo-a bem, ele regresse do erro são e salvo» ().