Consulta Índice Analítico






Catecismo - Consulta Índice Analítico






Artigo 1 - «Creio em Deus Pai Todo-Poderoso Criador do Céu e da Terra»

Parágrafo 1 - Creio em Deus

III. Deus, «Aquele que é», é verdade e amor

DEUS É A VERDADE

215. «A verdade é princípio da vossa palavra, é eterna toda a sentença da vossa justiça» (Sl 119, 160). «Decerto, Senhor Deus, Vós é que sois Deus e dizeis palavras de verdade» (2 Sm 7, 28); é por isso que as promessas de Deus se cumprem sempre ().Deus é a própria verdade; as suas palavras não podem enganar. É por isso que nos podemos entregar com toda a confiança e em todas as coisas à verdade e à fidelidade da sua palavra. O princípio do pecado e da queda do homem foi uma mentira do tentador, que o levou a duvidar da palavra de Deus, da sua benevolência e da sua fidelidade.



Parágrafo 7 - A Queda

II. A queda dos anjos

PARA LER A NARRATIVA DA QUEDA

392. A Escritura fala dum pecado destes anjos (). A queda consiste na livre opção destes espíritos criados, que radical e irrevogavelmente recusaram Deus e o seu Reino. Encontramos um reflexo desta rebelião nas palavras do tentador aos nossos primeiros pais: «Sereis como Deus» (Gn 3, 5). O Diabo é «pecador desde o princípio» (1 Jo 3, 8), «pai da mentira» (Jo 8, 44).






Artigo 1 - A Lei Moral

I. A lei moral natural

1954. O homem participa na sabedoria e na bondade do Criador, que lhe confere o domínio dos seus actos e a capacidade de se governar em ordem à verdade e ao bem. A lei natural exprime o sentido moral original que permite ao homem discernir, pela razão, o bem e o mal, a verdade e a mentira:

«A lei natural [...] está escrita e gravada na alma de todos e de cada um dos homens, porque não é senão a razão humana ordenando fazer o bem e proibindo pecar... Mas este ditame da razão humana não poderia ter força de lei, se não fosse a voz e a intérprete duma razão superior, à qual o nosso espírito e a nossa liberdade devem estar sujeitos» ().





Artigo 8 - O Oitavo Mandamento

III. As ofensas à verdade

2482. «A mentira consiste em dizer o que é falso com a intenção de enganar» (). O Senhor denuncia na mentira uma obra diabólica: «Vós tendes por pai o diabo, [... ] nele não há verdade; quando fala mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira» (Jo 8, 44).



2483. A mentira é a ofensa mais directa à verdade. Mentir é falar ou agir contrariamente à verdade, para induzir em erro. Lesando a relação do homem com a verdade e com o próximo, a mentira ofende a relação fundamental do homem e da sua palavra com o Senhor.



2484. A gravidade da mentira mede-se pela natureza da verdade que ela deforma, atendendo às circunstâncias, às intenções de quem a comete e aos danos causados àqueles que são suas vítimas. Embora a mentira, em si, não constitua mais que um pecado venial, torna-se mortal quando lesa gravemente as virtudes da justiça e da caridade.



2485. A mentira é, por sua natureza, condenável. É uma profanação da palavra, a qual tem por fim comunicar aos outros a verdade conhecida. O propósito deliberado de induzir o próximo em erro, por meio de afirmações contrárias à verdade constitui uma falta contra justiça e contra a caridade. A culpabilidade é maior quando a intenção de enganar pode ter consequências funestas para aqueles que são desviados da verdade.



2486. A mentira (porque é uma violação da virtude da veracidade) é uma autêntica violência feita a outrem. Este é atingido na sua capacidade de conhecer, a qual é condição de todo o juízo e de toda a decisão. A mentira contém em gérmen a divisão dos espíritos e todos os males que a mesma suscita. É funesta para toda a sociedade: destrói pela base a confiança entre os homens e retalha o tecido das relações sociais.





Artigo 3 - As Sete Petições

VI. «Não nos deixeis cair em tentação»

2847. O Espírito Santo permite-nos discernir entre a provação, necessária ao crescimento do homem interior () em vista duma virtude «comprovada» () e a tentação que conduz ao pecado e à morte (). Devemos também distinguir entre «ser tentado» e «consentir» na tentação. Finalmente, o discernimento desmascara a mentira da tentação: aparentemente, o seu objecto é «bom, agradável à vista, desejável» (Gn 3, 6), quando, na realidade, o seu fruto é a morte.

«Deus não quer impor o bem, quer seres livres [...]. Para alguma coisa serve a tentação. Ninguém, senão Deus, sabe o que a nossa alma recebeu de Deus, nem nós próprios. Mas a tentação manifesta-o para nos ensinar a conhecermo-nos e desse modo descobrir a nossa miséria e obrigar-nos a dar graças pelos bens que a tentação nos manifestou» ().