Consulta Índice Analítico






Catecismo - Consulta Índice Analítico






Artigo 1 - «Creio em Deus Pai Todo-Poderoso Criador do Céu e da Terra»

Parágrafo 1 - Creio em Deus

III. Deus, «Aquele que é», é verdade e amor

DEUS É A VERDADE

216. A verdade de Deus é a sua sabedoria, que comanda toda a ordem da criação e governo do mundo (). Só Deus que, sozinho, criou o céu e a terra () pode dar o conhecimento verdadeiro de todas as coisas criadas na sua relação com Ele ().



Parágrafo 4 - O Criador

IV. O mistério da criação

DEUS CRIA COM SABEDORIA E POR AMOR

295 Acreditamos que Deus criou o mundo segundo a sua sabedoria (). O mundo não é fruto duma qualquer necessidade, dum destino cego ou do acaso. Acreditamos que ele procede da vontade livre de Deus, que quis fazer as criaturas participantes do seu Ser, da sua sabedoria e da sua bondade: «porque Vós criastes todas as coisas e, pela vossa vontade, elas receberam a existência e foram criadas» (Ap 4, 11). «Como são grandes, Senhor, as vossas obras! Tudo fizestes com sabedoria» (Sl 104, 24). «O Senhor é bom para com todos e a sua misericórdia estende-se a todas as criaturas» (Sl 145, 9).



Parágrafo 5 - Céu e a Terra

325. O Símbolo dos Apóstolos professa que Deus é «Criador do céu e da terra» (). E o Símbolo Niceno-Constantinopolitano explicita: «... de todas as coisas, visíveis e invisíveis» ().



327. A profissão de fé do quarto Concílio de Latrão afirma que Deus, «desde o princípio do tempo, criou do nada ao mesmo tempo uma e outra criatura, a espiritual e a corporal, isto é, os anjos e o mundo terrestre. Depois criou a criatura humana, que participa das duas primeiras, formada, como é, de espírito e corpo» ().



II. O mundo visível

OS ANJOS NA VIDA DA IGREJA

337. Foi o próprio Deus que criou o mundo visível, com toda a sua riqueza, a sua diversidade e a sua ordem. A Sagrada Escritura apresenta a obra do Criador, simbolicamente, como uma sequência de seis dias «de trabalho» divino, que terminam no «repouso» do sétimo dia (). O texto sagrado ensina, a respeito da criação, verdades reveladas por Deus para a nossa salvação (), as quais permitem «conhecer a natureza última e o valor de todas as criaturas e a sua ordenação para a glória de Deus» ().



338. Nada existe que não deva a sua existência a Deus Criador: O mundo começou quando foi tirado do nada pela Palavra de Deus: todos os seres existentes, toda a Natureza, toda a história humana radicam neste acontecimento primordial: é a própria génese, pela qual o mundo foi constituído e o tempo começado ().



339. Cada criatura possui a sua bondade e perfeição próprias. Acerca de cada uma das obras dos «seis dias» está escrito: «E Deus viu que era bom». «Foi em virtude da própria criação que todas as coisas foram estabelecidas segundo a sua consistência, a sua verdade, a sua excelência própria, com o seu ordenamento e leis específicas» (). As diferentes criaturas, queridas pelo seu próprio ser, reflectem, cada qual a seu modo, uma centelha da sabedoria e da bondade infinitas de Deus. É por isso que o homem deve respeitar a bondade própria de cada criatura, para evitar o uso desordenado das coisas, que despreza o Criador e traz consigo consequências nefastas para os homens e para o seu meio ambiente.



340. A interdependência das criaturas é querida por Deus. O sol e a lua, o cedro e a florzinha, a águia e o pardal: o espectáculo das suas incontáveis diversidades e desigualdades significa que nenhuma criatura se basta a si mesma. Elas só existem na dependência umas das outras, para se completarem mutuamente, no serviço umas das outras.



341. A beleza do Universo: A ordem e a harmonia do mundo criado resultam da diversidade dos seres e das relações existentes entre si. O homem descobre-as progressivamente como leis da natureza. Elas suscitam a admiração dos sábios. A beleza da criação reflecte a beleza infinita do Criador, a qual deve inspirar o respeito e a submissão da inteligência e da vontade humanas.



342. A hierarquia das criaturas é expressa pela ordem dos «seis dias», indo do menos perfeito para o mais perfeito. Deus ama todas as suas criaturas () e cuida de cada uma, até dos passarinhos. No entanto, Jesus diz: «[Vós] valeis mais do que muitos passarinhos» (Lc 12, 7), e ainda: «Um homem vale muito mais que uma ovelha» (Mt 12, 12).



343. O homem é o ponto culminante da obra da criação. A narrativa inspirada exprime essa realidade, fazendo nítida distinção entre a criação do homem e a das outras criaturas ().



344. Existe uma solidariedade entre todas as criaturas pelo facto de todas terem o mesmo Criador e todas serem ordenadas para a sua glória:

«Louvado sejas meu Senhor, com todas as tuas criaturas,
especialmente o meu senhor irmão Sol,
o qual faz o dia e por ele nos alumia
E ele é belo e radiante com grande esplendor:
de Ti. Altíssimo, nos dá ele a imagem [...]

Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã água,
que é tão útil e humilde,
e preciosa e casta [...]

Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra,
que nos sustenta e governa,
e produz variados frutos,
com flores coloridas, e verduras [...]

Louvai e bendizei a meu Senhor,
e dai-lhe graças e servi-o
com grande humildade» ().



345. O «Sábado» - fim da obra dos «seis dias». O texto sagrado diz que «Deus concluiu, no sétimo dia, a obra que fizera» e que assim «se completaram o céu e a terra»; e no sétimo dia Deus «descansou» e santificou e abençoou este dia (Gn 2, 1-3). Estas palavras inspiradas são ricas de salutares ensinamentos:



346. Na criação, Deus estabeleceu uma base e leis que permanecem estáveis () sobre as quais o crente pode apoiar-se com confiança, e que serão para ele sinal e garantia da fidelidade inquebrantável da Aliança divina (). Por seu lado, o homem deve manter-se fiel a esta base e respeitar as leis que o Criador nela inscreveu.



347. A criação foi feita em vista do Sábado e, portanto, do culto e da adoração de Deus. O culto está inscrito na ordem da criação () - «Operi Dei nihil preponatur - Nada se anteponha à obra de Deus (ao culto divino)» - diz a Regra de São Bento () indicando assim a justa ordem das preocupações humanas.



348. O Sábado está no coração da Lei de Israel. Guardar os Mandamentos é corresponder à sabedoria e à vontade de Deus, expressas na sua obra da criação.



349. O oitavo dia. Mas para nós, um dia novo surgiu: o dia da Ressurreição de Cristo. O sétimo dia acaba a primeira criação. O oitavo dia começa a nova criação. A obra da criação culmina, assim, na obra maior da Redenção. A primeira criação encontrou o seu sentido e cume ria nova criação em Cristo, cujo esplendor ultrapassa o da primeira ().




Artigo 9 - «Creio na Santa Igreja Católica»

Parágrafo 1 - A Igreja no Desígnio de Deus

II. Origem, fundação e missão da Igreja

A IGREJA - PREPARADA NA ANTIGA ALIANÇA

762. A preparação remota da reunião do povo de Deus começa com a vocação de Abraão, a quem Deus promete que há-de vir a ser o pai de um grande povo (). A preparação imediata começa com a eleição de Israel como povo de Deus (). Pela sua eleição, Israel deve ser o sinal da reunião futura de todas as nações (). Mas já os profetas acusam Israel de ter quebrado a aliança, comportando-se como uma prostituta (). Eles anunciam uma Aliança nova e eterna (). «Esta Aliança nova, instituiu-a Cristo» ().