Consulta Índice Analítico






Catecismo - Consulta Índice Analítico






Artigo 1 - «Creio em Deus Pai Todo-Poderoso Criador do Céu e da Terra»

Parágrafo 3 - O Todo-Poderoso

Resumindo:

277. Deus manifesta a sua omnipotência convertendo-nos dos nossos pecados e restabelecendo-nos na sua amizade pela graça («Deus qui omnipotentiam tuam parcendo maxime et miserando manifestas» - «Senhor; que dais a maior prova do vosso poder quando perdoais e Vos compadeceis») ().




Artigo 10 - «Creio na Remissão dos Pecados»

II. O poder das chaves

981. Depois da ressurreição, Cristo enviou os seus Apóstolos «a anunciar a todos os povos o arrependimento em seu nome, com vista à remissão dos pecados» (Lc 24, 47). Este «ministério da reconciliação» (2 Cor 5, 18), não o cumprem os Apóstolos e os seus sucessores somente anunciando aos homens o perdão de Deus que nos foi merecido por Jesus Cristo, e chamando-os à conversão e à fé; mas também comunicando-lhes a remissão dos pecados pelo Baptismo e reconciliando-os com Deus e com a Igreja, graças ao poder das chaves recebido de Cristo:

A Igreja «recebeu as chaves do Reino dos céus, para que nela se faça a remissão dos pecados pelo Sangue de Cristo e a acção do Espírito Santo. É nesta Igreja que a alma, morta pelos pecados, recupera a vida para viver com Cristo, cuja graça nos salvou» ().



982. Não há nenhuma falta, por mais grave que seja, que a santa Igreja não possa perdoar. «Nem há pessoa, por muito má e culpável que seja, a quem não deva ser proposta a esperança certa do perdão, desde que se arrependa verdadeiramente dos seus erros» (). Cristo, que morreu por todos os homens, quer que na sua Igreja as portas do perdão estejam sempre abertas a todo aquele que se afastar do pecado ().



Resumindo:

987. «Na remissão dos pecados, os sacerdotes e os sacramentos são instrumentos mediante os quais nosso Senhor Jesus Cristo, único autor e dispensador da salvação, nos concede a remissão dos pecados e a graça da justificação» ().






Artigo 4 - O Sacramento da Penitência e da Reconciliação

X. As indulgências

AS PENAS DO PECADO

1473. O perdão do pecado e o restabelecimento da comunhão com Deus trazem consigo a abolição das penas eternas do pecado. Mas subsistem as penas temporais. O cristão deve esforçar-se por aceitar, como uma graça, estas penas temporais do pecado, suportando pacientemente os sofrimentos e as provações de toda a espécie e, chegada a hora, enfrentando serenamente a morte: deve aplicar-se, através de obras de misericórdia e de caridade, bem como pela oração e pelas diferentes práticas da penitência, a despojar-se completamente do «homem velho» e a revestir-se do «homem novo» ().



II. Porquê, um sacramento de Reconciliação depois do Baptismo?

1425. «Vós fostes lavados, fostes santificados, fostes justificados pelo nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus» (1 Cor 6, 11). Precisamos de tomar consciência da grandeza do dom de Deus que nos foi concedido nos sacramentos da iniciação cristã, para nos apercebermos de até que ponto o pecado é algo de inadmissível para aquele que foi revestido de Cristo (). Mas o apóstolo São João diz também: «Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós» (1 Jo 1, 8). E o próprio Senhor nos ensinou a rezar: «Perdoai-nos as nossas ofensas» (Lc 11, 4 ), relacionando o perdão mútuo das nossas ofensas com o perdão que Deus concederá aos nossos pecados.



V. As múltiplas formas da penitência na vida cristã

1434. A penitência interior do cristão pode ter expressões muito variadas. A Escritura e os Padres insistem sobretudo em três formas: o jejum, a oração e a esmola que exprimem a conversão, em relação a si mesmo, a Deus e aos outros. A par da purificação radical operada pelo Baptismo ou pelo martírio, citam, como meios de obter o perdão dos pecados, os esforços realizados para se reconciliar com o próximo, as lágrimas de penitência, a preocupação com a salvação do próximo (), a intercessão dos santos e a prática da caridade «que cobre uma multidão de pecados» (1 Pe 4, 8).



1437. A leitura da Sagrada Escritura, a oração da Liturgia das Horas e do Pai Nosso, todo o acto sincero de culto ou de piedade reavivam em nós o espírito de conversão e de penitência e contribuem para o perdão dos nossos pecados.



VI. O sacramento da Penitência e da Reconciliação

SÓ DEUS PERDOA O PECADO

1441. Só Deus perdoa os pecados (). Jesus, porque é Filho de Deus, diz de Si próprio: «O Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados» (Mc 2, 10) e exerce este poder divino: «Os teus pecados são-te perdoados!» (Mc 2, 5) (). Mais ainda: em virtude da sua autoridade divina, concede este poder aos homens para que o exerçam em seu nome.



RECONCILIAÇÃO COM A IGREJA

1443. Durante a sua vida pública. Jesus não somente perdoou os pecados, como também manifestou o efeito desse perdão: reintegrou os pecadores perdoados na comunidade do povo de Deus, da qual o pecado os tinha afastado ou mesmo excluído. Sinal bem claro disso é o facto de Jesus admitir os pecadores à sua mesa, e mais ainda: de se sentar à mesa deles, gesto que exprime ao mesmo tempo, de modo desconcertante, o perdão de Deus (), e o regresso ao seio do povo de Deus ().



VII. Os actos do penitente

A CONTRIÇÃO

1452. Quando procedente do amor de Deus, amado sobre todas as coisas, a contrição é dita «perfeita» (contrição de caridade). Uma tal contrição perdoa as faltas veniais: obtém igualmente o perdão dos pecados mortais, se incluir o propósito firme de recorrer, logo que possível, à confissão sacramental ().




Artigo 7 - O Sacramento do Matrimónio

VI. A Igreja doméstica

A ABERTURA À FECUNDIDADE

1657. É aqui que se exerce, de modo privilegiado, o sacerdócio baptismal do pai de família, da mãe, dos filhos, de todos os membros da família, «na recepção dos sacramentos, na oração e acção de graças, no testemunho da santidade de vida, na abnegação e na caridade efectiva» (). O lar é, assim, a primeira escola de vida cristã e «uma escola de enriquecimento humano» (). É aqui que se aprende a tenacidade e a alegria no trabalho, o amor fraterno, o perdão generoso e sempre renovado, e, sobretudo, o culto divino, pela oração e pelo oferecimento da própria vida.






Artigo 8 - O Pecado

IV. A gravidade do pecado: pecado mortal e pecado venial

1864. «Todo o pecado ou blasfémia será perdoado aos homens, mas a blasfémia contra o Espírito não lhes será perdoada» (Mt 12, 31) (). Não há limites para a misericórdia de Deus, mas quem recusa deliberadamente receber a misericórdia de Deus, pelo arrependimento, rejeita o perdão dos seus pecados e a salvação oferecida pelo Espírito Santo (). Tal endurecimento pode levar à impenitência final e à perdição eterna.




Artigo 2 - Graça e Justificação

III. O mérito

2010. Uma vez que, na ordem da graça, a iniciativa pertence a Deus, ninguém pode merecer a graça primeira, que está na origem da conversão, do perdão e da justificação. Sob a moção do Espírito Santo e da caridade, podemos, depois, merecer para nós mesmos e para outros, as graças úteis para a santificação e para o aumento da graça e da caridade, bem como para a obtenção da vida eterna. Os próprios bens temporais, tais como a saúde e a amizade, podem ser merecidos segundo a sabedoria de Deus. Estas graças e estes bens são objecto da oração cristã. Esta provê à nossa necessidade da graça para as acções meritórias.





Artigo 4 - O Quarto Mandamento

III. Deveres dos membros da família

DEVERES DOS PAIS

2227. Por sua vez, os filhos contribuem para o crescimento dos seus pais na santidade (). Todos e cada um se darão, generosamente e sem se cansar, o perdão mútuo exigido pelas ofensas, querelas, injustiças e abandonos. Assim o sugere o afecto mútuo. E assim o exige a caridade de Cristo ().






Artigo 2 - Na Plenitude do Tempo

JESUS ENSINA A ORAR

2608. Jesus insiste na conversão do coração desde o sermão da montanha: a reconciliação com o irmão antes de apresentar a oferta no altar (); o amor dos inimigos e a oração pelos perseguidores (); orar ao Pai «no segredo» (Mt 6, 6); não se perder em fórmulas palavrosas (); perdoar do fundo do coração na oração (); a pureza do coração e a busca do Reino () Esta conversão está totalmente polarizada no Pai: é filial.



Artigo 3 - No Tempo da Igreja

II. A oração de petição

2631. O pedido de perdão é o primeiro movimento da oração de petição (cf. o publicano: «Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador» (Lc 18, 13)). É o preliminar duma oração justa e pura. A humildade confiante repõe-nos na luz da comunhão com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo, bem como dos homens uns com os outros (). Nestas condições, «seja o que for que Lhe peçamos, recebê-lo-emos» (1 Jo 3, 22). O pedido de perdão é o preâmbulo da liturgia Eucarística, bem como da oração pessoal.




Artigo 3 - As Sete Petições

V. «Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido»

2838. Esta petição é surpreendente. Se comportasse somente o primeiro membro da frase - «Perdoai-nos as nossas ofensas» - poderia estar incluída implicitamente nas três primeiras petições da oração do Senhor, pois que o sacrifício de Cristo é «para a remissão dos pecados». Mas, de acordo com o segundo membro da frase, a nossa petição não será atendida sem que primeiro tenhamos satisfeito uma exigência. É uma petição voltada para o futuro e a nossa resposta deve tê-la precedido; liga-as uma expressão: «assim como».



«PERDOAI-NOS AS NOSSAS OFENSAS»...

2839. Começámos a orar ao nosso Pai com um sentimento de audaciosa confiança. Suplicando-Lhe que o seu nome seja santificado, pedimos-Lhe para sermos cada vez mais santificados. Mas, apesar de revestidos da veste baptismal, não deixámos de pecar, de nos desviar de Deus. Agora, nesta nova petição, voltamos para Ele, como o filho pródigo (), e reconhecemo-nos pecadores na sua presença, como o publicano (). A nossa petição começa por uma «confissão» na qual, ao mesmo tempo, confessamos a nossa miséria e a sua misericórdia. A nossa esperança é firme, pois que em seu Filho «nós temos a redenção, a remissão dos nossos pecados» (Cl 1, 14) (). E encontramos nos sacramentos da sua Igreja o sinal eficaz e indubitável do seu perdão ().



2839. Começámos a orar ao nosso Pai com um sentimento de audaciosa confiança. Suplicando-Lhe que o seu nome seja santificado, pedimos-Lhe para sermos cada vez mais santificados. Mas, apesar de revestidos da veste baptismal, não deixámos de pecar, de nos desviar de Deus. Agora, nesta nova petição, voltamos para Ele, como o filho pródigo (), e reconhecemo-nos pecadores na sua presença, como o publicano (). A nossa petição começa por uma «confissão» na qual, ao mesmo tempo, confessamos a nossa miséria e a sua misericórdia. A nossa esperança é firme, pois que em seu Filho «nós temos a redenção, a remissão dos nossos pecados» (Cl 1, 14) (). E encontramos nos sacramentos da sua Igreja o sinal eficaz e indubitável do seu perdão ().



2840. Ora, e isso é temível, esta onda de misericórdia não pode penetrar nos nossos corações enquanto não tivermos perdoado àqueles que nos ofenderam. O amor, como o corpo de Cristo, é indivisível: nós não podemos amar a Deus, a quem não vemos, se não amarmos o irmão ou a irmã, que vemos (). Recusando perdoar aos nossos irmãos ou irmãs, o nosso coração fecha-se, a sua dureza torna-o impermeável ao amor misericordioso do Pai. Na confissão do nosso pecado, o nosso coração abre-se à sua graça.



2841. Esta petição é tão importante que é a única na qual o Senhor volta a insistir, desenvolvendo-a no sermão da montanha (). Esta exigência crucial do mistério da Aliança é impossível para o homem. Mas «a Deus tudo é possível» (Mt 19, 26).



«ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO»

2842. Este «como» não é único no ensinamento de Jesus. «Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5, 48); «sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso» (Lc 6, 36); «dou-vos um mandamento novo: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei» (Jo 13, 34). Observar o mandamento do Senhor é impossível, quando se trata de imitar, do exterior, o modelo divino. Trata-se duma participação vital, vinda «do fundo do coração», na santidade, na misericórdia e no amor do nosso Deus. Só o Espírito, que é «nossa vida» (Gl 5, 25), pode fazer «nossos» os mesmos sentimentos que existiram em Cristo Jesus (). Então, a unidade do perdão torna-se possível, «perdoando-nos mutuamente como Deus nos perdoou em Cristo» (Ef 4, 32).



2843. Assim ganham vida as palavras do Senhor sobre o perdão, sobre este amor que ama até ao extremo do amor (). A parábola do servo desapiedado, que conclui o ensinamento do Senhor sobre a comunhão eclesial (), termina com estas palavras: «Assim procederá convosco o meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão do fundo do coração». É aí, de facto, «no fundo do coração», que tudo se ata e desata. Não está no nosso poder deixar de sentir e esquecer a ofensa; mas o coração que se entrega ao Espírito Santo muda a ferida em compaixão e purifica a memória, transformando a ofensa em intercessão.



2844. A oração cristã vai até ao perdão dos inimigos (). Transfigura o discípulo, configurando-o com o seu Mestre. O perdão é o cume da oração cristã; o dom da oração só pode ser recebido num coração em sintonia com a compaixão divina. O perdão testemunha também que, no nosso mundo, o amor é mais forte que o pecado. Os mártires de ontem e de hoje dão este testemunho de Jesus. O perdão é a condição fundamental da reconciliação () dos filhos de Deus com o seu Pai e dos homens entre si ().



2845. Não há limite nem medida para este perdão essencialmente divino (). Quando se trata de ofensas (de «pecados», segundo Lc 11, 4, ou de «dívidas» segundo Mt 6, 12), de facto nós somos sempre devedores: «Não devais a ninguém coisa alguma, a não ser o amor de uns para com os outros» (Rm 13, 8). A comunhão da Santíssima Trindade é a fonte e o critério da verdade de toda a relação (). E é vivida na oração, sobretudo na Eucaristia ():

«Deus não aceita o sacrifício do dissidente e manda-o retirar-se do altar e reconciliar-se primeiro com o irmão: só com orações pacíficas se podem fazer as pazes com Deus. O maior sacrifício para Deus é a nossa paz, a concórdia fraterna e um povo reunido na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo» ().