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Catecismo - Consulta Índice Analítico



IV. Estrutura deste catecismo

PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

14. Aqueles que, pela fé e pelo Baptismo, pertencem a Cristo, devem confessar a sua fé baptismal diante dos homens (). Por isso, o Catecismo começa por expor em que consiste a Revelação, pela qual Deus Se dirige e Se dá ao homem, e a fé pela qual o homem responde a Deus (Primeira Secção). O Símbolo da fé resume os dons que Deus faz ao homem, como Autor de todo o bem, Redentor e Santificador, e articula-os em volta dos «três capítulos» do nosso Baptismo - a fé num só Deus: o Pai Todo-poderoso, Criador; e o seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador: e o Espírito Santo, na Santa Igreja (Segunda Secção).





OS SÍMBOLOS DA FÉ

186. Desde a origem, a Igreja apostólica exprimiu e transmitiu a sua própria fé em fórmulas breves e normativas para todos (). Mas bem cedo a Igreja quis também recolher o essencial da sua fé em resumos orgânicos e articulados, destinados sobretudo aos candidatos ao Baptismo.

«Esta síntese da fé não foi feita segundo as opiniões humanas: mas recolheu-se de toda a Escritura o que nela há de mais importante, para apresentar na integra aquilo e só aquilo que a fé ensina. E, tal como a semente de mostarda contém, num pequeno grão, numerosos ramos, do mesmo modo este resumo da fé encerra em algumas palavras todo o conhecimento da verdadeira piedade contido no Antigo e no Novo Testamento» ().



187. A estas sínteses da fé chamamos-lhes «profissões de fé», porque resumem a fé professada pelos cristãos. Chamamos-lhes «Credo», pelo facto de elas normalmente começarem pela palavra: «Creio». Igualmente lhes chamamos «símbolos da fé».



187. A estas sínteses da fé chamamos-lhes «profissões de fé», porque resumem a fé professada pelos cristãos. Chamamos-lhes «Credo», pelo facto de elas normalmente começarem pela palavra: «Creio». Igualmente lhes chamamos «símbolos da fé».



188. A palavra grega «symbolon» significava a metade dum objecto partido (por exemplo, um selo), que se apresentava como um sinal de identificação. As duas partes eram justapostas para verificar a identidade do portador. O «símbolo da fé» é, pois, um sinal de identificação e de comunhão entre os crentes. «Symbolon» também significa resumo, colectânea ou sumário. O «símbolo da fé» é o sumário das principais verdades da fé. Por isso, serve de ponto de referência primário e fundamental da catequese.



188. A palavra grega «symbolon» significava a metade dum objecto partido (por exemplo, um selo), que se apresentava como um sinal de identificação. As duas partes eram justapostas para verificar a identidade do portador. O «símbolo da fé» é, pois, um sinal de identificação e de comunhão entre os crentes. «Symbolon» também significa resumo, colectânea ou sumário. O «símbolo da fé» é o sumário das principais verdades da fé. Por isso, serve de ponto de referência primário e fundamental da catequese.



189. A primeira «profissão de fé» faz-se por ocasião do Baptismo. O «símbolo da fé» é, antes de mais nada, o símbolo baptismal. E uma vez que o Baptismo é conferido «em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo»(Mt 28, 19), as verdades da fé professadas por ocasião do Baptismo articulam-se segundo a sua referência às três pessoas da Santíssima Trindade.



190. O Símbolo divide-se, portanto, em três partes: «na primeira, trata da Primeira Pessoa divina e da obra admirável da criação: na segunda, da Segunda Pessoa divina e do mistério da Redenção dos homens; na terceira, da Terceira Pessoa divina, fonte e princípio da nossa santificação» (). São estes «os três capítulos do nosso selo [baptismal]» ().



191. O Símbolo «está estruturado em três partes [...] subdivididas em fórmulas variadas e muito adequadas. Segundo uma comparação frequentemente empregada pelos Padres, chamamos-lhes artigos. De facto, assim como nos nossos membros há certas articulações que os distinguem e separam, do mesmo modo, nesta profissão de fé, foi com razão e propriedade que se deu o nome de artigos às verdades que devemos crer em particular e de modo distinto» (). Segundo uma antiga tradição, já atestada por Santo Ambrósio, é costume enumerar doze artigos do Credo, simbolizando, com o número dos doze Apóstolos, o conjunto da fé apostólica ().



192. Foram numerosas, ao longo dos séculos, e correspondendo sempre às necessidades das diferentes épocas, as profissões ou símbolos da fé: os símbolos das diferentes Igrejas apostólicas e antigas (), o símbolo «Quicumque», chamado de Santo Atanásio (), as profissões de fé de certos concílios (Toledo (); Latrão (): Lião () Trento ()) ou de certos papas, como a «Fides Damasi» () ou o «Credo do Povo de Deus», de Paulo VI (1968) ().



192. Foram numerosas, ao longo dos séculos, e correspondendo sempre às necessidades das diferentes épocas, as profissões ou símbolos da fé: os símbolos das diferentes Igrejas apostólicas e antigas (), o símbolo «Quicumque», chamado de Santo Atanásio (), as profissões de fé de certos concílios (Toledo (); Latrão (): Lião () Trento ()) ou de certos papas, como a «Fides Damasi» () ou o «Credo do Povo de Deus», de Paulo VI (1968) ().



193. Nenhum dos símbolos dos diferentes períodos da vida da Igreja pode ser considerado ultrapassado ou inútil. Todos nos ajudam a abraçar e a aprofundar hoje a fé de sempre, através dos diversos resumos que dela se fizeram.

Entre todos os símbolos da fé, há dois que têm um lugar muito especial na vida da Igreja:



194. O Símbolo dos Apóstolos, assim chamado porque se considera, com justa razão, o resumo fiel da fé dos Apóstolos. É o antigo símbolo baptismal da Igreja de Roma. A sua grande autoridade vem-lhe deste facto: «É o símbolo adoptado pela Igreja romana, aquela em que Pedro, o primeiro dos Apóstolos, teve a sua cátedra, e para a qual ele trouxe a expressão da fé comum» ().



195. O Símbolo dito de Niceia-Constantinopla deve a sua grande autoridade ao facto de ser proveniente desses dois primeiros concílios ecuménicos (dos anos de 325 e 381). Ainda hoje continua a ser comum a todas as grandes Igrejas do Oriente e do Ocidente.



196. A exposição da fé, que vamos fazer, seguirá o Símbolo dos Apóstolos, que constitui, por assim dizer, «o mais antigo catecismo romano». Entretanto, a nossa exposição será completada por constantes referências ao Símbolo Niceno-Constantinopolitano, muitas vezes mais explícito e pormenorizado.



197. Como no dia do nosso Baptismo, quando toda a nossa vida foi confiada «a esta regra de doutrina» (Rm 6, 17), acolhemos o Símbolo da nossa fé que dá a vida. Recitar com fé o Credo é entrar em comunhão com Deus Pai, Filho e Espírito Santo. E é também entrar em comunhão com toda a Igreja, que nos transmite a fé e em cujo seio nós acreditamos:

«Este Símbolo é o selo espiritual [...], é a meditação do nosso coração e a sentinela sempre presente; é, sem dúvida, o tesouro da nossa alma» ().



197. Como no dia do nosso Baptismo, quando toda a nossa vida foi confiada «a esta regra de doutrina» (Rm 6, 17), acolhemos o Símbolo da nossa fé que dá a vida. Recitar com fé o Credo é entrar em comunhão com Deus Pai, Filho e Espírito Santo. E é também entrar em comunhão com toda a Igreja, que nos transmite a fé e em cujo seio nós acreditamos:

«Este Símbolo é o selo espiritual [...], é a meditação do nosso coração e a sentinela sempre presente; é, sem dúvida, o tesouro da nossa alma» ().




Artigo 1 - «Creio em Deus Pai Todo-Poderoso Criador do Céu e da Terra»

Parágrafo 1 - Creio em Deus

199. «Creio em Deus»: é esta a primeira afirmação da profissão de fé e também a mais fundamental. Todo o Símbolo fala de Deus; ao falar também do homem e do mundo, fá-lo em relação a Deus. Os artigos do Credo dependem todos do primeiro, do mesmo modo que todos os mandamentos são uma explicitação do primeiro. Os outros artigos fazem-nos conhecer melhor a Deus, tal como Ele progressivamente Se revelou aos homens. «Os fiéis professam, antes de mais nada, crer em Deus»().





2558. «Mistério admirável da nossa fé!». A Igreja professa-o no Símbolo dos Apóstolos (primeira parte) e celebra-o na liturgia sacramental (segunda parte), para que a vida dos fiéis seja configurada com Cristo no Espírito Santo para glória de Deus Pai (terceira parte). Este mistério exige, portanto, que os fiéis nele creiam, o celebrem e dele vivam, numa relação viva e pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Esta relação é a oração.

O QUE É A ORAÇÃO?

«Para mim, a oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado para o céu, é um grito de gratidão e de amor, tanto no meio da tribulação como no meio da alegria» ().